
Os casos de doença renal crônica na infância têm crescido cada vez mais. Fatores genéticos como malformações ou dificuldade na drenagem da urina, nefrites (doenças inflamatórias que acometem os rins), cistos renais, rins malformados e as doenças renais hereditárias são as principais causas da doença em crianças.
A taxa é de 23 pacientes por milhão de habitantes. A doença é definida como a falência parcial ou completa dos rins e pode ser aguda ou crônica.
Os sinais como sempre são silenciosos e, normalmente quando descobertos, já comprometeu grande parte das funções.
“Quando dado o diagnóstico, muitas vezes o tratamento comum não é mais eficaz, precisando então de um procedimento mais complexo, como o transplante renal, precedido ou não de algum tipo de diálise, sem ter a chance de um tratamento simples nas fases mais precoces da insuficiência”, afirma Dr. Artur Ricardo Wendhausen, nefropediatra da Fundação Pró-Rim.
O menino Matheus Vitor Eccel Lopes, 10 anos, foi diagnosticado quando ainda estava na barriga de sua mãe. Já Célia Lemes, mãe de Bruno Matheus Carlet, 15 anos, percebeu algo errado porque seu filho estava com inchaço.
Matheus já conseguiu o transplante graças à compatibilidade com sua mãe, que lhe doou o rim, enquanto Bruno aguarda pelo transplante renal.
O especialista diz ainda que um grande número chega ao óbito, por só terem conhecimento do problema em estágio muito avançado.
Ele afirma que os pais devem prestar atenção a sinais que podem indicar algum problema renal, são eles: inchaço, vómitos frequentes, infecções urinárias, atraso no crescimento e desenvolvimento, problemas ósseos e anemias de difícil cura.