Natural de Cuiabá (MT), o cabeleireiro Giovane Alves Ferreira, 44 anos, descobriu a doença renal em 2021. “Foi um choque. Eu nunca imaginava. Eu cheguei no hospital para fazer uma cirurgia de vesícula e o médico falou que não poderia operar porque eu estava com os rins comprometidos”, recorda Giovane.
Naquele dia, Giovane já foi encaminhado para iniciar a terapia renal substitutiva: a hemodiálise. Ele conta que um rim já havia parado totalmente e o outro estava com apenas 3% de funcionamento. “Eu tinha pressão alta e tomava muitos medicamentos para dor. Minhas pernas sempre estavam inchadas”, diz o paciente.
Ele nunca imaginava que pressão alta ou uso contínuo de alguns medicamentos poderiam levar à doença renal, muito menos que o inchaço nas pernas seriam um sinal de que os rins estavam parando. “Em Cuiabá é muito quente e por isso eu sempre tomei muita água. Nunca percebi nada de diferente”, afirma.
Há um ano, Giovane conseguiu transferência para uma clínica parceira da Fundação Pró-Rim, em Joinville (SC). Seu objetivo é realizar um tratamento de melhor qualidade e conseguir fazer o transplante renal. “Hoje minha vida melhorou muito. Minhas pernas não incham mais, me sinto mais disposto, não tenho mais câimbras”, revela o paciente.
Ele chegou em Joinville em agosto de 2023, sozinho. Mas quatro meses depois, seu filho Kauã Talisson Ferreira Silva, hoje com 18 anos, também se mudou para Santa Catarina. “Meu filho está sempre do meu lado. Ele me acompanha em tudo o que eu faço. Ele mora comigo desde os 25 dias de vida. Somos só nós dois”, conta Giovane, emocionado.
Mas o pai sabe que o filho precisa seguir seu caminho. O amor que os une é forte, mas este mês o filho está em busca de seu sonho: ser jogar profissional de futebol, atuando na posição de goleiro. Ele foi para Porto Alegre (RS), onde quer seguir carreira.
“Ter meu filho por perto traz uma tranquilidade, principalmente porque sou muito ansioso. Mas agora ele está seguindo a carreira dele. A gente fica apreensivo, mas sei que ele está segundo o seu caminho. Estou feliz por isso”, desabafa o pai Giovane.
Josi Tromm Geisler — Comunicação Pró-Rim