Estas foram as principais questões esclarecidas pela médica nefrologista da Fundação Pró-Rim, Dra. Silvane Sebben no 22º Encontro dos Pacientes Renais. Segundo a especialista, o transplante renal é o melhor tratamento para pacientes que perderam a função dos rins, por oferecer mais qualidade de vida, sobrevida e liberdade. Porém, é preciso entender alguns processos para estar consciente e apto ao transplante.
Para entrar na lista o paciente precisa ter vontade e conhecimento de todo o processo e precisa confiar na equipe que está cuidando dele, disse a doutora. Depois disso, caso não tenha doador vivo ele realiza vários exames e é avaliado pelo cirurgião. Se estiver apto para o transplante é inscrito na lista de um centro de transplante que funciona por estado, ou seja, não é permitido estar inscrito em duas listas, mas o modelo permite que pessoas inscrevam-se em outros estados que não seja onde mantém residência. A partir disso ele aguarda ser chamado. Caso haja um órgão de doador falecido compatível para o transplante a equipe do centro que o acompanha entra em contato informando a boa notícia.
> Saiba como proceder para realizar o transplante renal com a Pró-Rim.
A médica lembrou que é importante saber que a lista não funciona por ordem de chegada, mas por compatibilidade, ou seja, uma pessoa pode esperar anos ou dias por um novo rim e por isso é preciso ter calma, confiança na equipe e ser persistente. O preparo do paciente que aguarda em lista também começa no tratamento de diálise. A nefrologista insistiu que se deve cumprir as orientações da nutricionista, assistente social, psicóloga, enfermeiras e médicos para estar o mais saudável possível para a cirurgia, que não tem hora nem dia para ocorrer. Precisa também estar com o exame de soroteca em dia (2 em 2 meses). A amostra de sangue irá trazer o diagnóstico atual do paciente e é crucial nesta fase.
Para os casos de pacientes com doador vivo também são feitos os exames de compatibilidade, além de uma série de avaliações, principalmente psicológica para não caracterizar tráfico de órgão. Só é permitida a doação entre pessoas com até 4º grau de parentesco e com ordem judicial.
As dúvidas dos pacientes se estenderam para casos mais particulares que precisam ser avaliados em consulta e com diagnóstico clínico. Também foi visível a angústia de alguns que esperam por um novo rim e que precisam manter a esperança de uma nova vida.
Saiba mais:
> Quero fazer o transplante renal. Como proceder?
> Entrevista da médica nefrologista, Drª. Luciane Deboni sobre Transplante Renal.
> Pró-Rim chega a marca de 1.600 transplantes renais. Confira a notícia.
Setor de Comunicação – Fundação Pró-Rim
25/09/2014