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O paciente aguarda por um transplante para ter mais qualidade de vida e liberdade para curtir seus hobbies
Aos 57 anos de idade, Angelo Stelio de Souza Garcia só pensa em fazer o transplante de rim para voltar a praticar montanhismo e ter mais liberdade para viajar. Há quase 20 anos, o policial militar, hoje reformado (aposentado), faz tratamento renal. Natural de Manaus (AM), Angelo partiu em 2006 para Kosovo, na Europa, em missão pela ONU. E foi lá, do outro lado do Oceano Atlântico, que ele passou mal e descobriu a doença renal.
“Eu estava trabalhando em missão da ONU. E o incrível foi que eu passei por uma bateria de exames antes de ir para lá. Mas depois de uns sete meses trabalhando em Kosovo, eu comecei a passar mal, me sentir inchado e procurei o hospital da missão, lá mesmo. Fizeram exames de creatinina e ureia e constataram que eu estava com uma insuficiência renal”, recorda.
Segundo Angelo, após a descoberta, foi enviado para Viena, na Áustria, onde fez mais exames e ali mesmo realizou a primeira sessão de hemodiálise. Logo em seguida, foi repatriado para o Brasil, para fazer a terapia renal substitutiva, no Amazonas. Angelo conta que a origem da doença renal foi a pressão alta.
Após sair o diagnóstico, Angelo ainda tentou seguir trabalhando, mas não foi possível. E, desde então, para seguir firme no tratamento, ele sempre contou com seu porto seguro: a sua família. O paciente é casado e tem quatro filhos, todos já adultos. “Eles estão sempre me apoiando”, afirma.
Em sua história, carrega dois transplantes renais, órgãos doados por sua esposa e sua irmã. Nos dois casos, perdeu o rim ao adquirir outras doenças, entre elas a Covid-19, em 2020. Mora em Joinville desde 2017 e atualmente está na lista de transplante.
“De vez em quando eu subo o Monte Crista, o Pico Jurapê, os nossos montes aqui perto. Tenho força para subir, mas hoje eu já sinto o impacto da diálise”, admite. Mesmo assim, Angelo diz que faz as atividades devagar, com calma, para não extrapolar aquilo que o corpo aguenta.
“Vale a pena encarar mais um transplante, pois eu levo em conta a qualidade de vida que eu preciso ter. Eu gosto de viajar, de praticar montanhismo e ciclismo. A liberdade que um transplante vai me dar vale muito a pena”, afirma Angelo, com muita esperança.
Assista a história completa de Angelo Stelio de Souza Garcia.
Josi Tromm Geisler — Comunicação Pró-Rim