
O atendimento psicológico aos pacientes renais é tão importante e necessário quanto à hemodiálise. A avaliação é da coordenadora da área de Psicologia da Fundação Pró-Rim, Rosa Maria Gasparino. Segundo ela, este suporte é fundamental para que o paciente encare o tratamento de forma natural para se manter vivo e com boa qualidade de vida.
Rosa explica que na maioria das vezes, tão logo descobre a doença, o paciente renal pensa que vai morrer em pouco tempo e entra na fase da negação, quando não assimila as recomendações médicas. Então, procura outras avaliações e esconde a doença da família. Depois vem a fase da revolta, manifestada com a falta de aderência ao tratamento, deixar de comparecer às consultas e ingerir excessivamente líquido e sal.
“Todas estas manifestações negativas, geralmente no início da doença, são consequências do afastamento da vida social, sentimento de inutilidade na estrutura familiar, devido à perda das atividades laboral e sexual, entre outras limitações que podem levar à depressão profunda”, observa Rosa Gasparino.
Ela destaca que o profissional da psicologia faz parte da equipe multidisciplinar e atua em conjunto para garantir mais qualidade de vida ao paciente renal e aos seus familiares, que de certa forma, adoecem também, ilustra a psicóloga.
Para Rosa, este suporte é muito importante para que a família evite os extremos. Ou seja, “a super proteção, por conta do sentimento de culpa, ou o abandono, que às vezes acontece devido ao estresse do cotidiano”.
Em todas as etapas do tratamento, a psicologia é fundamental e traz o paciente de volta à realidade, em uma perspectiva de aceitação e convivência pacífica com a doença. “A partir dessa estabilidade, o paciente renal estará pronto para se ajudar enquanto aguarda pelo transplante, se este for o caso”, conclui a psicóloga da Fundação Pró-Rim.
Na Fundação Pró-Rim todas as Unidades dispõem de atendimento psicológico para o paciente, e quando necessário faz o acompanhamento familiar, sendo no início do tratamento de hemodiálise quanto ao pré e pós transplante. Todas as etapas são assistidas pelas psicólogas.
“É com o suporte psicológico que buscamos fazer o paciente se sentir acolhido, compreendido, aceito, assistido e amparado. Assim ele compreende melhor a doença tanto no aspecto fisiológico quanto no emocional”, explica Rosa