
Além de ferramentas de comunicação e relacionamento, as redes sociais têm sido importantes instrumentos na área da Saúde. E a mineira Andrea Braga, 44 anos, é prova disso.
Há alguns meses, ela conheceu a Fundação Pró-Rim pelo Orkut. Paciente em hemodiálise há dois anos, após seis de tratamento conservador, Andrea sonhava com a possibilidade do transplante renal. “Fiquei curiosa para saber sobre o trabalho da Pró-Rim e vi que a captação de órgãos em Santa Catarina é muito eficiente e, por isso, o tempo de espera em lista é bem menor”, conta.
Apesar das dificuldades logísticas, Andrea sabia que o principal problema seria o financeiro. “Foi quando tive a ideia de colocar uma mensagem em meu perfil do Orkut, já que tenho mais de 700 amigos. No texto, expliquei as dificuldades e solicitei ajuda {{imagem:andreab}}financeira para custear as viagens a Joinville”, explica. (Clique na imagem ao lado para ler a mensagem)
Para surpresa de Andrea, o apelo surtiu enorme efeito e as doações superaram suas expectativas. “Meus amigos compartilharam a mensagem com outras pessoas e, de repente, comecei a receber ajuda de quem nem conhecia. A mobilização dos servidores da Polícia Civil de Minas Gerais, na qual fui escrivã durante 12 anos, me deixou muito feliz e surpresa também”, destaca.
Do virtual ao real
No último dia 22 de setembro, Andrea realizou sua primeira consulta na Pró-Rim. Após a avaliação da equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais, constatou-se que Andrea estava apta ao cadastro na Central de Transplantes de Santa Catarina. “Agora, só preciso aguardar um exame final para ser inserida em lista”, afirma.
A estadia na cidade também foi uma grata surpresa para Andrea. “Descobri que meu sogro tinha um amigo de longa data em Joinville. Entrei em contato e ele e sua família me receberam com enorme boa vontade. Aprendi que, mesmo quando acontecem coisas ruins em nossa vida, outras tantas coisas boas também vêm”, diz.
Agora, Andrea prepara a logística para o dia em que receber a tão esperada ligação. Ela pesquisou os trajetos mais rápidos de Barbacena a Joinville e já faz planos para depois do transplante. “Meu sonho sempre foi ser delegada de polícia. É uma meta que pretendo conquistar, com a mesma determinação que me fez chegar até aqui”, conclui.
Saiba mais:
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