
Há seis anos, Wagner Tomaz Ruela (29) fez seu tão esperado transplante renal. Hoje, ele leva uma vida normal: trabalha como zelador de um condomínio em Balneário Camboriú (SC), faz faculdade de Teologia e curte a família.
Mas manter a qualidade de vida após o transplante requer alguns cuidados. “Procuro tomar os medicamentos no horário correto e compareço às consultas de dois em dois meses”, conta Wagner.
Os medicamentos aos quais Wagner se refere são os imunossupressores, que “driblam o sistema imunológico, enfraquecendo-o. Deste modo, os riscos de uma rejeição podem ser minimizados”, explica Dr. Hercilio Alexandre da Luz Filho, presidente da Pró-Rim.
Devido aos imunossupressores, o paciente corre o risco de ter infecções, pelo fato de seu sistema imunológico estar enfraquecido. Daí a importância do cuidado com a Saúde. Para mais informações, leia o Manual de Transplante Renal: período pós-transplante, elaborado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
Grupo pós-transplante
A Fundação Pró-Rim possui também um grupo terapêutico multidisciplinar para transplantados renais, no qual são transmitidos os cuidados necessários para manter a qualidade de vida após o transplante. Além disso, o grupo trata dos aspectos emocionais, da questão alimentar, do uso dos medicamentos, de aspectos sociais como o retorno ao mercado de trabalho após a cirurgia, entre outros temas.
Participante ativo do grupo pós-transplante, Wagner destaca a importância de ouvir as dúvidas dos outros pacientes. “A gente fica logo atento com os cuidados que devemos ter, a partir das experiências compartilhadas no grupo”, explica.
Entre irmãos
Transplantado em Umuarama (PR), Wagner recebeu o rim de sua irmã, Cristiane da Silva (26). “Desde que descobrimos a doença, já me dispus a doar. Graças a Deus, valeu muito a pena”, conta Cristiane. Desde 2006, Wagner realiza seu tratamento pós-transplante na Fundação Pró-Rim.
Em uma carta escrita para a irmã no sexto aniversário de transplante, Wagner enfatizou a importância de voltar a beber água (os pacientes em hemodiálise não devem consumi-la). Um trecho da carta diz: “Cristiane, muito obrigado pela água, pelo suco, pela liberdade, pela vida normal, por ter enfrentado com coragem até o fim sua decisão de ter me doado muito mais que um órgão vital”.