Álvaro de Oliveira pensou que viveria apenas por mais 10 anos. Agora ele acredita que a longevidade do transplante se deve à vontade de viver com alegria ao lado da família.
Não existe registro oficial sobre o transplante de rim mais duradouro em paciente de Santa Catarina. Certamente Álvaro de Oliveira, ferramenteiro aposentado de 52 anos, morador de Joinville (SC), está entre os primeiros. Foi transplantado pela Fundação Pró-Rim em 06 de abril de 1988. Portanto, completou 30 anos da cirurgia que o mantém vivo até hoje e, segundo ele, em perfeitas condições de saúde. O doador foi o seu pai, que morreu no ano passado aos 75 anos sem qualquer alteração no rim remanescente. “A morte do meu pai não teve nada a ver com a falta do rim que ele me presenteou e me permitiu viver com qualidade de vida até aqui” esclarece.
Além do pai que lhe doou o rim, Álvaro também sente profundo agradecimento pela Fundação Pró-Rim, segundo ele, por garantir viver tanto tempo assim e com qualidade de vida. “Sou um privilegiado e tive a sorte de estar perto da instituição no momento que eu mais precisava. Então, tive uma nova chance de viver. A Pró-Rim mudou a minha história. Não encontro palavras para definir tamanha gratidão” diz emocionado.
Álvaro lembra que antes do transplante passou alguns meses em tratamento na máquina de hemodiálise, mas sentia-se debilitado após cada sessão. Foi então que ouviu a recomendação do médico Dr. José Aluísio Vieira um dos fundadores da Fundação Pró-Rim, para transplantar. Da equipe, ele se recorda também do médico Dr. Amaro Joaquim Alves, um dos mais conceituados urologistas da época. “Eu acabara de completar 22 anos e não tinha consciência da gravidade da minha doença e nem da importância que aquele transplante iria representar na minha vida” recorda o transplantado.
> Como proceder para realizar o transplante renal com a Pró-Rim. Clique aqui para mais informações.
Ele conta que numa aposta otimista, acreditava ter dez anos de sobrevida e a mãe rezava para que ele vivesse pelo menos por mais três anos. “Ainda bem que erramos feio”, comemora Álvaro. Graças ao transplante ele constituiu família e se dedica intensamente para a mulher, os três filhos e um netinho.
Mas, qual o segredo para um transplante longevo como este? Ele nem pensa muito para revelar. “Primeiro, a equipe médica que cuidou de mim é referência nacional em transplantes, em especial a minha médica Dra. Luciane Deboni. Depois, o meu emocional ajudou muito porque faço tudo o que eu gosto e por isso me sinto feliz. Mas claro, sem cometer exageros e sempre seguindo à risca as orientações da médica”.
Álvaro garante que não faz restrições a qualquer tipo de alimento. “Os meus pratos preferidos são churrasco, camarão, feijoada e massas. Lógico que não todo dia. Em algumas ocasiões especiais até tomo uma cerveja. Mas não passa disso. Também faço pequenas caminhadas, gosto de assistir futebol e aproveito os pequenos prazeres da vida. O importante é manter o equilíbrio em todas as minhas atividades, amar a família, e, claro, faço uso rigoroso da medicação, conforme a prescrição” explica.
A coordenadora dos transplantes da Fundação Pró-Rim, médica nefrologista Dra. Luciane Deboni diz que o transplante renal não é cura e sim um tratamento. Afinal, o paciente terá de fazer uso de medicamentos pelo resto da vida. Ela adverte que o transplante pode ter a rejeição do órgão a qualquer momento, mas geralmente o rim transplantado pode durar muitos anos, em média 15 anos. No entanto, existem registros de pacientes transplantados há mais de 30 anos, como é o caso do Álvaro de Oliveira, explica a médica.
Setor de Comunicação – Fundação Pró-Rim
21/05/2018