Clóvis e Volnei agora são transplantados e comemoram uma nova etapa da vida.
Clóvis Pereira Piva tem 64 anos e Volnei Sebastião de Jesus 53. Conheceram-se na hemodiálise da Fundação Pró-Rim, em Joinville (SC). Ambos apresentavam quadro de insuficiência renal crônica, estavam fragilizados e precisavam fazer transplante de rim para melhorar a qualidade de vida.
Clóvis é ferramenteiro e Volnei, motorista de ônibus. Os dois estão aposentados. O primeiro a ser transplantado foi Clóvis, em 12 de julho de 2012, após cinco anos e sete meses na hemodiálise. “O meu rim foi doado pela família de um jovem de 19 anos. Não sei quem é, mas quero deixar a minha gratidão eterna para quem decidiu por este gesto generoso, que me deu outra chance de viver”, diz emocionado.
Dupla comemoração
Menos de dois anos depois, em 2 de março de 2014, foi à vez de Volnei ser beneficiado. Após entrar em lista, ele precisou esperar apenas três meses para realizar o transplante. “Comemoro duas datas por ano: a primeira, do meu nascimento e, depois, do renascimento, que é o dia do meu transplante. Graças a essa condição proporcionada pela Fundação Pró-Rim é que vou ter a oportunidade de criar a minha filha, que tem 12 anos e assim, poder acompanhar o seu crescimento”.
Nos anos em que foram colegas de hemodiálise, três vezes na semana, por mais de quatro horas, conversavam sobre tudo. Passaram a compartilhar angústias, dúvidas e esperanças sobre a doença, com troca de informações e até aconselhamentos sobre o cotidiano. Transformaram estes momentos em uma sólida amizade, que ajudou a superar as fases mais difíceis da doença e que permanece até hoje, após serem transplantados.
Agora, neste período natalino, eles se reencontraram mais uma vez para os exames pós-transplantes na Fundação Pró-Rim. Antes de colocar a conversa em dia, um forte abraço marcou esta celebração que começou na doença e permanece na esperança de continuidade longa da vida.