
Um fato ocorrido esta semana nos Estados Unidos foi destaque em todo o mundo: uma mulher foi demitida por faltar ao trabalho para doar rim para o filho. No entanto, casos como esse são raros, pois as empresas tendem a apoiar os funcionários, buscando a flexibilidade em momentos difíceis de suas vidas.
Foi o que aconteceu com o catarinense Rodmar Frassetto, 33 anos. Após passar por um longo tratamento renal, ele foi submetido a um transplante no último dia 26 de agosto. Há 11 anos na empresa Betha Sistemas, Rodmar pôde testemunhar o carinho de seus colegas de trabalho que, no dia da cirurgia, enviaram diversas mensagens nas redes sociais. Uma bonita forma de incentivo e apoio.
“O Rodmar é um funcionário muito querido, está conosco há muitos anos. Sempre demos suporte no que era possível por entendermos a importância do transplante para ele”, afirma Kenia Rozeng, analista de Comunicação da Betha Sistemas.
Rodmar conta que conseguiu manter a função renal durante seis anos, realizando o chamado tratamento conservador. Há poucos meses, quando os rins não funcionavam mais, iniciou as sessões de hemodiálise. “Fiz oito sessões, a primeira é sempre a pior. Depois vi que não era um bicho de sete cabeças, mas já comecei a fazer os exames para o transplante”, explica.
A esperança de uma vida com mais liberdade veio de sua irmã, Albertina Frassetto Canto, 44 anos. “Os testes de compatibilidade foram feitos nos quatro irmãos, mas desde o começo eu sentia que seria a doadora. Foi um ato de extremo amor, fiz de coração. Sempre afirmei para minha família que gostaria de doar meus órgãos, mas tive a felicidade maior de ser doadora em vida”, conta.
Em recuperação após o transplante, Rodmar não vê a hora de voltar ao trabalho. “Fiquei muito feliz com o carinho de todos da Betha Sistemas. Percebi o quanto sou querido e isso me motiva a querer retornar ao trabalho o quanto antes”, conclui.