
A síndrome pré-menstrual (SPM), também conhecida como tensão pré-menstrual (TPM), é representada por um conjunto de sintomas físicos, emocionais e comportamentais, que apresentam caráter cíclico e recorrente, iniciando-se na semana anterior à menstruação e que aliviam com o início do fluxo menstrual.
São sinais e sintomas comumente observados: aumento do tamanho e da sensibilidade das mamas; inchaço nas pernas e, às vezes, no corpo todo; ganho de peso; cefaleia; fadiga; dor nas pernas; aumento do volume abdominal; acne; ansiedade; irritabilidade; depressão; mudanças de humor; depreciação da autoimagem e alteração do apetite.
Dentre as intervenções não-medicamentosas, são propostas mudanças no estilo de vida, incluindo-se a prática de exercícios aeróbicos e modificações na dieta e uso de preparados herbários. Muitas condutas nutricionais são discutidas e estudadas com o objetivo de minimizar os sintomas da SPM.
Deficiência de vitamina B6 em mulheres com SPM tem sido considerada, uma vez que essa vitamina atua como coenzima na biossíntese da dopamina e serotonina (neurotransmissores possivelmente envolvidos na etiologia da SPM).
Estudos correlacionando o uso do magnésio e sintomas pré-menstruais têm sugerido que sua suplementação do 15º dia ao início do fluxo menstrual representa tratamento eficaz no alívio dos sintomas da SPM.
O óleo de prímula vem sendo estudado para tratar de diversos problemas de saúde, entre eles destaca-se seu uso para o alívio dos sintomas da SPM nas mulheres. Obtido das sementes da planta da espécie Oenothera biennis, é rico em ácido graxo essencial da família do ômega-6, como o ácido linolênico (LA) e o ácido gamalinolênico (GLA). Todavia, observa-se escassez de evidência que justifique sua utilização no tratamento de sintomas da SPM.
A prescrição de suplementos alimentares contendo vitaminas (vitamina B6) e magnésio pode ser feita para sintomatologia leve, sendo que mais estudos com boa qualidade metodológica são necessários para se determinar a real eficácia desses regimes terapêuticos.
Fonte: Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. Tensão Pré-Menstrual. Projeto Diretrizes, 2011.
Por: Nutricionista Rafaela dos Santos Gonzaga