A Síndrome Nefrótica (SN), é um conjunto de sintomas e sinais, que caracterizam uma doença renal, de evolução crônica, que se identifica principalmente pela perda da capacidade dos rins em reter proteínas filtradas na urina.
Os rins destes pacientes passam a eliminar uma grande quantidade de proteínas na urina, maior do que o permitido, fazendo com que o nível de proteínas sanguíneas diminua e assim, gerando o inchaço progressivo.
As causas da síndrome nefrótica podem ser congênitas (rara) e/ou adquiridas por um problema de saúde secundário, por doenças infecciosas, como hepatite, AIDS, ou doenças sistêmicas, como a Lúpus. Existem casos que a doença foi transmitida geneticamente. Na infância, a síndrome se apresenta de forma idiopática, ou seja, por uma causa desconhecida.
No vídeo abaixo, o médico nefropediatra da Fundação Pró-Rim, Dr. Artur Ricardo Wendhausen, explica quais são os sintomas da síndrome nefrótica e o diagnóstico a ser realizado para identificar a doença:
Inchaço recorrente é sinal de alerta
O principal sintoma da síndrome nefrótica é o edema (inchaço), inicialmente percebido nas pernas e pálpebras, se generalizando por todo o corpo. “Sempre que uma criança tiver um inchaço recorrente ou progressivo, os familiares devem procurar o serviço médico para um diagnóstico diferencial, com base em doenças que causam esse inchaço”, explica o nefropediatra.
Ao perceber o inchaço nas pernas, barriga e na região periorbitária – ao redor dos olhos, ou o inchaço progressivo, a orientação é buscar imediatamente um serviço médico para o diagnóstico. A identificação da síndrome é feita por exames laboratoriais, os quais se medem as proteínas séricas (sanguíneas), proteinúria 24 horas e o perfil lipídico.
Tratamento pode garantir a “saúde” dos rins
Segundo o nefropediatra, é possível adotar uma série de medidas clínicas para o tratamento da Síndrome Nefrótica, que contribuem para a redução da proteinúria e para a melhor conservação renal do paciente. O tratamento inicial é sempre com o uso de corticóide.
Assim como outras doenças crônicas, se não tratada pode evoluir para a perda total da função dos rins em longo prazo. Das crianças que são acometidas pela síndrome nefrótica, 80% conseguem se recuperar ao longo da vida. O critério de cura é considerado a ausência de manifestação da doença por um período de 5 anos.