O mecânico Samuel Barroso de Oliveira, 30 anos, iniciou 2011 com uma nova vida. Graças ao ato de amor e desprendimento de seu cunhado, realizou o transplante renal no dia 3 de dezembro de 2010.
Samuel fazia hemodiálise há seis anos no Hospital das Nações, em Curitiba (PR), e já havia realizado um transplante de rim, recebido de sua mãe. Infelizmente, devido a complicações na cirurgia, o transplante não teve sucesso. Voltou então para a hemodiálise e após dois anos, decidiu entrar na lista de transplante.
“O transplante representa o fim da rotina de tratamento, a liberdade. Agora eu quero muito viajar para lugares distantes no Brasil, que sempre sonhei ir”, conta Samuel, que também destaca a atitude nobre de seu cunhado: “foi muito importante, ele me tirou de uma vida muito difícil. Fazia seis anos que eu não podia tomar água e não urinava”.
O cunhado de Samuel resolveu doar por amizade e afeto. Valtair da Silva, 41 anos, explica que “se eu fosse pelo que a sociedade diz, não doaria. Muitas pessoas vão contra esse ato e me disseram para não doar. Mas eu doei sem interesse algum, sem buscar reconhecimento e admiração das pessoas. Sei que ele precisava disso e estava sofrendo muito com a doença”.
Parceria pela vida
Morador de Curitiba (PR), Samuel conheceu a Fundação Pró-Rim através da associação de pacientes renais Parceiros do Rim. De acordo com o presidente Nilton Luiz de Mello, “a Parceiros do Rim indica a Pró-Rim para pacientes renais que precisam realizar o transplante, pela agilidade e confiabilidade da instituição”.
No Paraná e no restante do país, pacientes podem aguardar até 10 anos na fila do transplante. “Para a Parceiros do Rim, é gratificante ver no rosto de cada paciente a felicidade de deixar a máquina de hemodiálise e viver com liberdade, poder viajar e curtir a vida”, conclui Nilton.
