
Emoções como insegurança, medo e ansiedade fazem parte do nosso dia a dia e levam, silenciosamente, ao desequilíbrio bioquímico do Sistema Nervoso Central. Em função disso, reflita e adote hábitos de vida relaxantes. Ofereça o que seu corpo e seu cérebro precisam e despreze o desnecessário.
Coma poções de bom humor: Pesquisas científicas vêm demonstrando a estreita relação entre o equilíbrio de nutrientes e as complexas reações cerebrais. Alguns alimentos fornecem nutrientes importantes que participam da produção dos neurotransmissores, mensageiros químicos que favorecem a comunicação entre as células do Sistema Nervoso. Como exemplo temos a serotonina, que é uma substância sedativa e calmante. É também conhecida como a substância ágica que melhora o humor de um modo geral, principalmente em pessoas com depressão.
Os níveis cerebrais de serotonina são dependentes da ingestão de alimentos fontes do aminoácido triptofano e de carboidratos.
A ingestão de carboidratos leva ao aumento nos níveis de insulina, que auxiliam na limpeza dos aminoácidos circulantes no sangue e facilitam a passagem do triptofano para o cérebro.
O triptofano, uma vez no cérebro, induz a produção de serotonina que reduz a sensação de dor, relaxa e até induz e melhora o sono.
Uma alimentação pobre em carboidratos, assim como uma alimentação com excesso de proteínas, por vários dias, pode levar a alterações de humor e depressão. O caminho é o equilíbrio!
Fontes de Triptofano: leite e iogurte desnatados, queijos brancos e magros, carnes magras, peixes, nozes, banana, arroz, batata, feijão, lentilha, castanhas, abacate, soja e derivados.
Fontes de Carboidratos: pães e cereais integrais, biscoitos integrais, massas integrais, arroz integral e selvagem, legumes, frutas e mel.
Além de saber quais alimentos escolher, existe outra dúvida: qual os melhores horários para se realizar as refeições. Há quem garanta que é preciso fechar a boca a partir das sete da noite para não engordar e não ter pesadelos. Outros acreditam que o importante é a quantidade calórica consumida ao longo do dia independente do horário. Entre lendas e verdades, muito se fala e as dúvidas continuam: podemos ou não fazer as refeições a noite? E quais os alimentos devem ser escolhidos?
A única certeza que se tem é que a noite o metabolismo decresce, portanto, o organismo não necessita de refeições pesadas no final do dia, e a regra vale para todas as idades. Sugere-se, para o jantar, uma salada com uma proteína, que pode ser ovos (cozido), frango ou peixe (assados ou grelhados).
Os alimentos que devem ser evitados a noite são laticínios integrais, frios e carne vermelha, de difícil digestão. Ingerir líquidos durante a refeição também deve ser evitado. As bebidas acompanhadas dos alimentos retardam o processo de digestão.
Além disso, depois das seis da tarde deve-se evitar açúcar e doces, pois engordam; e estimulantes, como chá preto, mate, café e chocolate, pois podem atrapalhar o sono; agindo de forma contrária, o alface, o maracujá e o chá de camomila possuem componentes que acalmam e auxiliam a dormir.
Estas regrinhas mudam para quem se exercita a noite, a alimentação pós atividade física será necessária para o ganho da massa muscular. Nesses casos, e refeição não deve ter gordura e o carboidrato, bem dosado ou na mínima quantidade possível.
E para aquelas horas em que a vontade aparece, mesmo sem sinal de fome, a recomendação é uma só: vá de fruta, cereal ou um suco. A recomendação mais usual entre os especialistas é que a refeição seja feita até as nove da noite, uma hora e meia para a digestão e estamos prontos para ir dormir.
As informações fornecidas não são individualizadas, portanto para maiores esclarecimentos o nutricionista deve ser consultado.
Por: Jyana Gomes Morais – Nutricionista – CRN10 1069