
Maria Isoleide Brito Amanajás tem 54 anos. Sempre morou em Macapá (AP), perto das quatro filhas e dos netos. Em outubro de 2010 atravessou o país e mudou-se com o marido para Joinville (SC) em busca do transplante renal na Fundação Pró-Rim. Pouco tempo depois a saudade apertou e Isoleide trouxe para Joinville a neta Eduarda, muito apegada a ela.
A garota foi criada pela avó e naquele período sofreu muito com a separação. “É como se fosse minha mãe. Senti muita saudade dela. Às vezes acordava chorando na madrugada com vontade de abraçá-la”, revela a adolescente, que vai completar 15 anos nesta quarta-feira, justamente no Dia da Avó. Segundo a garota, vai haver comemoração em dobro. Eduarda conta que faz o que pode para ajudar a avó nas tarefas domésticas. “Lavo a louça e deixo sempre a casa arrumada para que ela não se canse. Estou sempre perto para cuidar dela e não deixar faltar nada”.
A Eduarda é estudiosa e quer ser veterinária, diz a avó, acrescentando que “ela é a cuidadora que todo mundo gostaria de ter. É a minha neta amada, a minha companhia de todas as horas, a amiga inseparável. Ela está sempre sorrindo e o tempo todo muito preocupada comigo. Sinto-me segura quando ela está por perto. Além disso, tem a responsabilidade de um adulto”, descreve a avó.
Eduarda não vê a mãe desde o início do ano, mas entende que Isoleide precisa mais dela. “Por isso, prefiro continuar morando em Joinville, perto da avó que eu tanto amo”.