
Neste dia 6 de junho, Lucélia Gama tem muitos motivos para agradecer: além de completar mais um ano de vida, ela veio à Fundação Pró-Rim para suaprimeira consulta após o transplante renal, realizado há pouco mais de um mês.
Presenteada pela equipe da Pró-Rim com flores, Lucélia não escondeu a alegria: “Agora tenho mais liberdade e uma qualidade de vida muito melhor. E ainda ganhei bochechas”, conta ela, referindo-se ao inchaço comum nesse período de recuperação.
Seu pai, Carlito da Rocha Gama, fez questão de destacar o esforço da filha em busca de seu sonho: “Ela sempre teve muita força de vontade. Saiu de Salvador para Belo Horizonte e, como não havia conseguido o transplante, procurou a Pró-Rim para conseguir seu objetivo. Minha função é dar todo o apoio”.
Desde pequena, Lucélia descobriu ser portadora da Síndrome de Alport, uma doença genética caracterizada por provocar a perda progressiva da função renal e auditiva. “Mas não fiz o tratamento adequado e quando apresentei sintomas, em 2007, meus rins já não funcionavam”, lembra.
Até 2009, Lucélia fez hemodiálise em Salvador, sem conseguir ser inserida na lista de espera por um rim. “Depois, decidi me mudar para Belo Horizonte, onde meu irmão mora. Lá, me inscrevi em lista, mas não fui chamada”, conta.
A Pró-Rim surgiu na vida de Lucélia por indicação de uma amiga que participava da comunidade “Hemodiálise” no Orkut. “A Zilda foi a primeira a fazer o transplante e depois vários outros vieram, inclusive eu”. Perguntada se ela indicaria a Pró-Rim para um amigo, Lucélia responde: “Sim, eu conheço de perto a luta dos renais crônicos em todo o Brasil. Todos deveriam ter essa chance”, completa.
Para o futuro, Lucélia deseja concluir a faculdade de Serviço Social para ajudar a realizar sonhos de outras pessoas.