
“Vou exibir a minha cicatriz como se fosse um troféu pela conquista de algo grandioso: garantir que a minha mãe continue vivendo com qualidade de vida”.
A declaração emocionada é de Josemira Dias Leal, de 37 anos, funcionária da Universidade Federal de Rio Branco, no Acre, que decidiu doar um rim para a mãe, Marisa Dias Leal de 59 anos. O transplante realizado pela equipe da Fundação Pró-Rim aconteceu no Hospital São José, de Joinville, em agosto de 2013.
Partiu de Josemira a iniciativa de buscar este recurso quando viu a mãe com a saúde debilitada e dependente da máquina de hemodiálise. Pesquisou e enviou e-mails para clínicas e instituições de Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte e Goiânia e não recebeu nenhuma resposta. Não desistiu.
A receptividade encontrada na Pró-Rim, porém, a fez escrever uma carta para a companhia aérea TAM pedindo passagens de cortesia para a mãe viajar de Goiânia a Joinville. A empresa foi solidária e em pouco tempo os exames estavam concluídos e com a confirmação da compatibilidade entre as duas para o transplante.
Agora, em plena recuperação, Marisa só pensa em viver com mais qualidade de vida. Quer aproveitar cada dia para mexer com seu artesanato e viajar. Josemira conta que sempre teve dificuldades para expressar os sentimentos com palavras. Mas, o seu gesto de doar o rim para a mãe e tomar todas as iniciativas para que isso acontecesse, materializa esse sentimento de amor incondicional.
Ela atribui o resultado positivo à sua persistência. “Eu, lá na ponta do mapa, no Acre e a minha mãe fazendo tratamento em Goiânia, mesmo assim, contra todas as probabilidades lógicas, procurei e fui atendida”.
Enfatiza que tudo isso aconteceu graças à equipe da Fundação Pró-Rim, que “me ajudou nesta missão aqui na terra, de salvar a vida da minha mãe. Por isso, quero manifestar o meu muito obrigado, do tamanho do mundo à família Pró-Rim”, diz a filha, emocionada.
A mãe se diz abençoada pela filha que tem. “Além dela, incluo todos da Pró-Rim nas minhas orações antes de dormir”.