
Durante muito tempo, a gordura saturada foi considerada a grande vilã das doenças cardiovasculares. Agora, além desta preocupação, os maiores cuidados estão contra uma prima dela, cujos efeitos podem ser ainda piores: a “gordura trans”. Ela está entre os vilões do momento porque é ainda mais perniciosa do que a gordura saturada, pois quando ingerida em excesso, além de aumentar os níveis de colesterol ruim [LDL] no sangue, ainda diminui colesterol bom [HDL], deixando as artérias em uma situação mais delicada, fator de risco para doenças cardiovasculares.
A trans é um tipo de gordura que passou por um processo de hidrogenação e a torna sólida à temperatura ambiente. Isso é feito na indústria para melhorar o sabor e aumentar a vida útil dos alimentos.
Os ácidos graxos trans sempre fizeram parte da dieta, sendo encontrados na carne bovina, no leite e seus derivados. Nos alimentos industrializados, estão presentes nas margarinas, biscoitos, pães, bolos, salgadinhos, entre outros, em função da utilização de óleos parcialmente hidrogenados na formulação destes produtos. Não existe recomendação da quantidade de “trans” que pode ser ingerida pois o ideal é não consumi-la.
O limite máximo deve ser inferior a 1% do total de calorias ingerido diariamente. Em uma dieta de 2.000 calorias, isso equivale a 2,2 gramas. Portanto, quanto menos, melhor.
De acordo com a resolução 360 de 2003 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária [ANVISA], as empresas são obrigadas a declarar a quantidade de gordura trans no rótulo. Em função disso, alguns produtos já foram reformulados a fim de eliminar esta gordura de sua composição [livre de gordura trans]. Portanto, fique de olho!
Por: Tatiana Stela Krüger – Nutricionistas – CRN10 1049