Depois de dez anos em diálise, a sua avaliação é que não seria mais possível ter uma gestação. Mas, o impossível aconteceu, não da forma como ela esperava. Confira essa emocionante História de Amor à Vida sobre o Dia das Mães, que mudou a vida de uma paciente renal, em hemodiálise.
Doença Grave
Elizandra Duarte de Andrade Souza tem 32 anos e aos 22 anos descobriu uma doença grave nos rins. Desde então faz hemodiálise. Ela é de Cuiabá (MT). Relata que foi convencida pela sua médica a fazer o tratamento de diálise em Joinville (SC), na Fundação Pró-Rim, para ficar mais próxima do transplante, pois a gravidade da sua situação não poderia esperar por conta da pressão arterial muito alta.A gravidez na hemodiálise
Em 14 de janeiro do ano passado, assustada, Elizandra descobriu que estava grávida. Disse que ficou preocupada e que muita coisa passou pela sua cabeça: Afinal, teria que fazer hemodiálise, todos os dias, três horas em cada sessão e tomar injeções de heparina (anticoagulante) três vezes ao dia, todos os dias. Ela descreve que estes foram alguns dos cuidados adotados pela equipe. Também havia o controle do peso, do líquido, do sal e uma alimentação balanceada, além das medicações para gestação em horários rigorosos, explica.O milagre
Conta ainda que a gravidez não foi planejada, até pelo fato da sua frágil condição de saúde. Depois de dez anos em diálise, ela imaginou que não seria possível engravidar. Mas, o que recebeu o nome de milagre, acabou acontecendo. Elizandra garante que sempre sonhou em ser mãe, mas, considerava um sonho perdido. “Mas para Deus nada é impossível e o tal milagre aconteceu”, diz a paciente renal emocionada.O nascimento
Alana nasceu em 28 de junho do ano passado, com apenas 876 gramas. Essa criaturinha com menos de um quilo, lutou pela vida por 70 longos dias na UTI neonatal. Para Elizandra, uma mistura de angústia e alegria a cada evolução de um ser que nasceu com apenas 28 semanas e três dias. A mãe Fica emocionada quando lembra daqueles momentos de incertezas, achando que sua bebê poderia não resistir. “Perdi o chão, pois tudo estava indo tão bem e de repente tive um sangramento que me levou a ter ela prematuramente”; declarou.Minha filha mudou tudo na minha vida. É por ela que vivo. É tudo que sempre sonhei. Eu orava e Deus ouviu minha oração. Por mais improvável que eu pudesse ser uma mãe com insuficiência renal, no fundo eu sonhava com este momento
O futuro
E como essa mãe imagina o futuro da sua filha? “Tudo o que eu quero é que ela cresça feliz, com muito amor. E isso ela certamente herdou do pai, dos avós, tios, e de toda família, principalmente da mãe babona. Cuido de cada detalhe da sua vida e saúde como uma joia rara, pois ela é tudo na minha vida. O que mais quero é vê-la se tornar uma pessoa bondosa, respeitosa, com caráter e acima de tudo, feliz. E o que a Elizandra espera do seu próprio futuro? “Quero ir em busca do transplante para ter maior e melhor qualidade de vida para mim e para a minha filha e sei que posso contar mais uma vez com a equipe Pró rim que nunca me desamparou. Só tenho à agradecer a todos os profissionais e amigos que estiveram e estão comigo nessa etapa tão importante que é ser uma mãe renal”Leo Saballa — Comunicação Pró-Rim