
Luana e Fabyola estão juntas o tempo todo. Luana, tem 31 anos e há 9 assumiu uma missão mais do que especial: lutar com todas as suas forças pela vida de sua filha com Síndrome Nefrótica. E, hoje, está preparando a sua mudança para SC, aonde encontrou a esperança para seu grande sonho: ver a filha transplantada longe da máquina de hemodiálise.
A pequena Fabyola Nonato Pinto Araújo, com 9 anos, foi diagnosticada com síndrome nefrótica ainda bem pequena, tinha apenas 2 aninhos. De lá pra cá a batalha tem sido constante tanto pra menina quanto para a mãe que sofre em dobro ao ver a filha fazendo hemodiálise.
Desde nova Fabyola fez tratamento conservador e acompanhamento médico, pois com o passar do tempo a doença que tem afetaria totalmente a capacidade dos seus rins “a médica sempre nos preparou para este momento, tanto que no último ano nos instruiu a nos mudarmos de Natividade, interior do Tocantins para Palmas, onde existe hospital e tratamento para Faby”, explica a mãe.
A cidade onde morava ficava a 300 km de distância da capital tocantinense e tinha poucos recursos para atender a menina numa situação de emergência. E foi o que aconteceu. Em novembro de 2014 a menina passou mal e precisou ser levada às pressas ao hospital. “Graças a Deus já estávamos morando em Palmas e conseguimos atendimento rápido, se não, não sei o que seria da minha filha”, explica a mãe.
Um sacrifício de amor
Desde novembro a pequena Fabyola está fazendo hemodiálise três vezes na semana, quatro horas por dia. Com um jeitinho tímido e bem quietinho de ser ela observa tudo sem reclamar. Sua hemodiálise é feita através de um cateter no pescoço, já que suas veias ainda são muito fininhas e não seria possível fazer uma fístula. “Eu daria a vida pra poder tirar minha filha dessa máquina e quando falaram sobre o transplante não pensei duas vezes e vim a Joinville para dar entrada no protocolo da lista”, conta a mãe.
No final de abril mãe e filha viajaram mais de 2 mil km para vir do Tocantins a Joinville em busca de uma outra esperança: o transplante. Luana conversou com a assistente social do ambulatório de transplante da Pró-Rim para dar encaminhamento ao protocolo. Agora, mãe e filha se preparam para a bateria de exames que Fabyola terá que realizar e assim que estiver tudo pronto a família terá que dar mais um passo: a mudança.
“Ainda não sei se virei com toda a família para Joinville ou se no início virá só a Fabyola e eu. O que sei é por um período abro mão de ficar com meus outros filhos para salvar a vida da Fabyola. Coração de mãe aperta muito nessas horas, mas os irmãos dela entendem esse sacrifício, que é um sacrifício de amor”, conta Luana que tem mais três filhos, um de 4, 13 e 15 anos que ficaram em Palmas com o pai.
A maior felicidade dessa jovem mãe seria ver a filha sair da hemodiálise e ganhar logo um novo rim: “faço de tudo por ela e Deus tem me dado força todos os dias. Não perco a esperança nunca. A Fabyola é uma menina muito especial, embora passe por tudo isso, não reclama de nada, aceita o tratamento, é muito obediente. Ser mãe dela já é meu maior presente”, exclama com lágrimas nos olhos.