Elvan Domingos Barbosa tem 47 anos, é professor de idiomas e faz questão de dizer que Joinville (SC) faz parte da sua história. Quando descobriu a doença renal, ele morava em Goiânia (GO), onde fazia hemodiálise e lá ficou por cinco anos na fila do transplante, porém, sem nenhuma perspectiva. Durante este período, pesquisou e decidiu viajar à Joinville para visitar a Fundação Pró-Rim em 2010. Conheceu o trabalho da instituição e ficou empolgado com o que viu.
Logo voltou na companhia de um primo, que se dispôs a ser doador de um rim. Entretanto, os exames mostraram que entre eles não havia compatibilidade suficiente para permitir o transplante. Mas Elvan não desistiu e resolveu ficar em Joinville para aguardar pela possível cirurgia, agora contando com a generosidade da família de uma pessoa falecida. A sorte estava lançada e mostrou que ele tomou a decisão certa. O transplante, realizado pela equipe da Pró-Rim, em parceria com o Hospital Municipal São José, aconteceu cinco meses depois da sua entrada na lista de espera, em 2013.
Nesta nova fase da vida, ainda em recuperação, ele optou por morar em Joinville, em princípio por estar próximo da Pró-Rim e assim realizar todos os procedimentos do pós-transplante, sem precisar viajar. Outros fatores também pesaram na sua decisão, incluindo a adaptação que teve com a cidade por conta do clima ameno e da proximidade com o mar. “Eu morava em uma região muito quente e isso não ajudava muito na minha recuperação. Além disso, a qualidade de vida em Joinville é excelente. Agora, não pretendo mais sair daqui. Já estou trabalhando, tenho a minha rotina profissional e social na cidade e já me considero um joinvilense”, diz Elvan.
Ele se diz apaixonado pela cidade que o acolheu no momento em que estava mais fragilizado. “Joinville tem uma organização surpreendente. O visual da cidade é maravilhoso, a arquitetura é linda. Tudo contribuiu para a minha adaptação, principalmente o relacionamento com as pessoas que são muito hospitaleiras”.
Elvan conta que a mãe e os nove irmãos moram na região Centro-Oeste do País. Embora longe, não sente saudades da família porque viaja com frequência para visitá-los e eles também vêm para o Sul. “O transplante me deu a oportunidade de renascer e morar em uma cidade que me conquistou à primeira vista”, declara.