Edvan Barbosa das Neves Pereira, auxiliar de produção, 40 anos de idade, nasceu em Gurupi, no Tocantins. “Minha avó e minha mãe falavam que desde pequeno eu era doentinho e vivia no hospital com inchaço nos pés. No entanto, nunca foi descoberto o motivo. Acho que naquela época a medicina não era tão avançada”, acredita Edvan.
A perda dos rins
Ele conta que entre os seus 13 e 22 anos, ficou muito bem de saúde. “Mas, logo voltou tudo, acrescido com falta de ar”. A partir daí, perdeu a função renal e teve que fazer o tratamento de hemodiálise. “Foi quando descobri a unidade da Fundação Pró-Rim lá na minha cidade, em Gurupi. E saber também que ainda existia unidade Pró-Rim em Palmas, capital do Tocantins. ”
Vida melhor
Em poucos dias de tratamento, o auxiliar de produção foi informado que na Matriz da Pró-Rim, em Joinville, Santa Catarina, também fazem transplante de rim. “Foi quando apareceu uma luz no fim do túnel. Então tive a certeza que eu seria transplantado e teria uma qualidade de vida melhor, no menor tempo possível”. O transplante de Edvan Barbosa das Neves Pereira, aconteceu em 27 de setembro de 2017, graças a decisão de uma família generosa que doou os órgãos de um ente querido que acabara de falecer.
Retribuição
Atualmente, Edvan é o responsável pela manutenção da Associação Catarinense dos Renais Crônicos, em Joinville e explica porquê: “Um dia alguém me recebeu aqui na Associação com a generosidade que jamais imaginei que poderia existir em qualquer ligar do mundo. Eu estava fragilizado e com pouca esperança. Então fiquei muito feliz e me sentindo apoiado, abraçado por todos. A minha autoestima foi lá no céu”, recorda emocionado o transplantado renal.
Alguém a esperar
Mas, a sucessão de acontecimentos extraordinários não parava de surgir na vida de Edvan. “Saí da minha cidade com destino a Joinville. Vendi carro, moto e todos os móveis da minha casa. Tudo pela minha vida, ou seja, o meu transplante. Até aí não sabia que Deus tinha preparado mais um abençoado presente para minha vida. Sempre ia para o meu tratamento de hemodiálise e nem imaginava que tinha alguém lá me esperando para dar um bom dia. Era a Delicélia, assistente de serviços gerais da clínica. Só que nem me passava pela cabeça que ela iria ser o amor da minha vida”, enfatiza.
Rim e coração
“Dias depois começamos a ficar mais próximos. Então assumimos o relacionamento no dia 12 de junho de 2017, no Dia dos Namorados, pouco antes do meu transplante. Com três meses de namoro eu fui chamado para a tão sonhada cirurgia. Além de me trazer sorte, ela foi a pessoa que cuidou de mim e me deu todo apoio que eu precisava pois não havia nenhum parente meu aqui na cidade, nem pai e nem mãe. Mas, eu sabia que não estava sozinho. Meu relacionamento com ela é maravilhoso, nunca pensei ser tão feliz assim. Temos uma excelente convivência, nos amamos e respeitamos um ao outro. Ela é o meu presente de Deus. Sempre falo que mais que um rim, ganhei também um coração. E esse coração se chama Delicélia Vieira, que eu amo muito”, romanceia.
Qualidade de vida
“Sempre falo que a Pró-Rim é uma benção na vida de nós, pacientes renais, pois ela nos dá todo apoio integral, pelo SUS, começando com o tratamento de hemodiálise, consultas médicas, psicólogos, nutricionistas, entre todos os cuidados humanizados. Além disso, levam o tão esperado transplante a cada paciente que sonha com este dia para ter uma qualidade de vida bem melhor, assim como aconteceu comigo”, finaliza Edvan Barbosa das Neves Pereira.
Leo Saballa — Comunicação Pró-Rim