
Quando podemos doar?
A doação de órgãos como rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida. Já outros órgãos, como coração, pulmão, pâncreas, dentre outros, só é feita em situação de morte encefálica e quando a nossa família autoriza a retirada dos órgãos.
Como o corpo é mantido após morte encefálica?
O coração bate com o uso de medicamentos, o pulmão funciona com a ajuda de aparelhos e o corpo continua sendo alimentado por via endovenosa.
Há chance de os médicos errarem no diagnóstico de morte encefálica?
Não. Se for seguido o protocolo, que está muito bem documentado, a chance de erro não existe.
O que acontece depois de autorizada a doação?
Desde que haja receptores compatíveis, a retirada dos órgãos é realizada por várias equipes de cirurgiões, cada qual especializada em um determinado órgão. O corpo é liberado após, no máximo, 48 horas.
Como garantir que meus órgãos não sejam vendidos após a morte?
As Centrais de Transplantes das Secretarias Estaduais de Saúde controlam todo o processo, da retirada dos órgãos à indicação do receptor e o destino de todos os órgãos retirados e doados.
Como fica o corpo após a retirada dos órgãos?
A Lei é clara quanto a isso: os hospitais autorizados a retirar os órgãos têm que recuperar a mesma aparência que o doador tinha antes da retirada.
No transplante de córnea, o profissional coloca uma prótese redonda no globo ocular e usa uma cola apropriada para o doador permanecer com o mesmo aspecto. Não ocorre qualquer deformidade após a doação. No transplante de ossos, são retirados, principalmente, ossos do braço (úmero) e da coxa (fêmur) e colocada uma prótese de PVC no local. Uma equipe ortopédica refaz as juntas do joelho, do quadril, do ombro e do cotovelo. Após a retirada dos órgãos e tecidos, a equipe médica recompõe todo o corpo do doador, deixando apenas alguns pontos no local operado, o que não impede a realização de um velório habitual. No transplante de pele é retirada somente uma fina porção da pele do dorso das costas e das coxas, sem alterações na aparência de quem faleceu.
É possível doar um órgão para um parente (ou conhecido) na fila?
Todas as doações são direcionadas pelo Programa Estadual de Transplantes a pessoas inscritas na lista, seguindo critérios de ordem de inscrição, gravidade do caso e compatibilidade genética. Porém, para os órgãos doados em vida, existe a possibilidade de doar a cônjuge ou parente de até 4º grau (pais, filhos, avós, irmãos, netos, tios e primos). Para outras pessoas, neste caso, somente sob autorização judicial.
Quem paga os procedimentos de doação?
Não há custos para a família quanto à doação de órgãos e tecidos, toda a cobertura é realizada através do SUS (Sistema Único de Saúde).
Pessoas que morrem em casa podem doar os órgãos/tecidos?
Após a parada cardíaca apenas tecidos podem ser doados (córnea, pele, osso, válvulas cardíacas).
Há algum benefício aos familiares que optam pela doação de órgãos?
A doação de órgãos é um ato altruísta, um gesto de amor ao próximo em um momento tão delicado, que compreende a perda de um ente querido. Alguns municípios fornecem a gratuidade funerária às famílias doadoras de órgãos e tecidos. É necessário verificar com o serviço funerário do seu município se esse benefício é concedido.
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Por: Fonte: ABTO (https://www.outravidanovachance.com.br/conteudo/duvidas-frequentes/duvidas-frequentes)