
Os hábitos alimentares são construídos a partir da experiência familiar e do ambiente social. Neste contexto, os meios de comunicação têm contribuído para o aparecimento de conceitos inadequados e errôneos a respeito de saúde na busca de um ‘corpo ideal’, aumentando a veiculação de dietas impróprias e inadequadas do ponto de vista nutricional.
A grande maioria das dietas da moda leva realmente a uma perda de peso em pouco tempo, o que pode ser vantajoso para algumas pessoas que querem resultados em curto prazo. No entanto, assim que são interrompidas, provocam aumento ponderal, muitas vezes superando o anterior, o que leva ao desestímulo, pois é uma busca que nunca atinge seu objetivo.
A questão da obesidade é complexa e necessita, ainda, de muita investigação para que se chegue a um consenso. Entretanto, dietas nutricionalmente equilibradas, com redução calórica gradual, sem restrições drásticas, ricas em fibras alimentares, fracionadas, adaptadas ao estilo de vida, às intolerâncias e preferências alimentares, prescritas individualmente e acompanhadas por profissional habilitado, baseada em anamnese criteriosa, e ainda aliada à atividade física orientada e constante, sejam o caminho para mudar o comportamento alimentar, e atingir a meta de todos, que é a eutrofia permanente.
Cada nutriente que ingerimos desempenha função específica no nosso organismo, sendo assim, a restrição desses trás como consequência o prejuízo a saúde.
Os carboidratos, por exemplo, desempenham funções metabólicas importantes e são considerados a fonte primária de energia, uma vez que seu catabolismo possibilita a liberação de energia química para a formação do ATP. Fornecem primariamente combustível para o cérebro, medula, nervos periféricos e células vermelhas do sangue. Dessa forma, a ingestão alimentar insuficiente desse macronutriente traz prejuízos ao sistema nervoso central, além da produção concomitante de corpos cetônicos.
Os lipídios são nutrientes que também desempenham funções energéticas, estruturais e hormonais no organismo. Porém, dietas ricas em gordura contribuem para o surgimento de doenças crônicas como a obesidade, diabetes mellitus, colesterol e doenças cardiovasculares.
As proteínas são nutrientes indispensáveis para a formação e manutenção dos tecidos e para o metabolismo. Já o excesso de proteínas pode causar sobrecarga renal e hepática, com decorrente desidratação, desequilíbrio eletrolítico e perda de tecido magro.
A ingesta inadequada de suplementos hiperproteicos são indicados apenas em situações específicas, onde a alimentação não supre a necessidade proteica.
Antes de iniciar com suplementação deve-se procurar um nutricionista para uma orientação correta. A manutenção do peso estável pressupõe uma ingestão energética equilibrada com as necessidades do organismo, incluindo o metabolismo basal e as atividades físicas em geral.
Por: Dyane Correa – Nutricionista da Fundação Pró-Rim Joinville – CRN 10 3601P