Claudia Renata do Carmo, 53 anos, é prova do quanto a informação de qualidade pode ser importante no tratamento da doença renal crônica. Há 18 anos, ela foi diagnosticada com hematúria (presença de sangue na urina). Um ano depois, teve uma infecção de garganta e nova hematúria: “Fui ao médico e os exames constataram também perda de proteína na urina”, lembra.
Em seguida, Claudia procurou um nefrologista, que contatou “nefropatia por IGA” ou “Síndrome de Berger”, doença que afeta a atividade dos rins e pode levar à insuficiência renal crônica. “Isso ocorreu em julho de 1996. Desde então fiquei em tratamento conservador até 2009”, afirma.
E foi durante o tratamento conservador, há 10 anos, que Claudia conheceu a Fundação Pró-Rim. Mesmo morando em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, ela utilizou o site da Pró-Rim na internet para informar-se sobre a evolução da doença. “No site existia um teste onde podíamos ‘corrigir’ o valor da creatinina de acordo com sexo, idade e peso. Além do chat online, obtinha informações por email com a equipe multidisciplinar”, destaca. Claudia também está presente nas redes sociais da Pró-Rim e compartilha suas experiências com outros pacientes renais.
Há cerca de dois anos, Claudia começou as sessões de hemodiálise e decidiu que tentaria fazer o transplante na Fundação Pró-Rim. Após todos os exames realizados e a inscrição na lista de Santa Catarina, Claudia esperou apenas 3 meses e meio para o tão sonhado dia. “Nunca pensei que pudesse ser tão rápido. Quando o médico me ligou e disse que tinha um rim pra mim, fiquei em estado de choque, quase saio sem me despedir de minha filha”, conta, sorrindo.
Quase um mês após a cirurgia, Claudia se cerca de cuidados e comparece semanalmente à Pró-Rim, sempre acompanhada do filho, que tem dado todo o apoio nesse momento importante. “Tenho me sentindo cada dia melhor e estou bastante otimista”, conclui.
