Tristeza, depressão e ansiedade excessiva também podem acelerar o aumento de peso
A obesidade é fator de risco para uma série de doenças, entre elas diabetes, hipertensão, apneia do sono, infarto, arritmias, AVC, câncer e depressão. Os órgãos mais afetados pela obesidade são cérebro, coração, fígado, pâncreas e rins. O alerta é do diretor clínico da Fundação Pró-Rim, o médico nefrologista Dr. Franco Silveira da Mota Kruger.
Segundo ele, “tristeza, depressão e ansiedade excessiva também podem acelerar o aumento de peso”. Além de listar as principais causas da obesidade, o médico cita como agravantes o excesso de alimentação e falta de atividade física, além de predisposição genética, distúrbios hormonais, problemas emocionais e também causados por alguns medicamentos.
Como a tireoide funciona nesse processo? O Dr. Franco explica: “A tireoide é uma glândula localizada no pescoço, que produz hormônios que regulam o metabolismo do corpo e definem como ele usa e armazena energia. O ganho de peso pode ocorrer devido ao metabolismo desacelerado, mas a obesidade ocorre principalmente associada à alimentação inadequada”, esclarece o médico.
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Prevenção
Para Jyana Gomes Morais, nutricionista da Fundação Pró-Rim, a obesidade, junto com tabagismo, etilismo, sedentarismo e baixo consumo de alimentos saudáveis (frutas e verduras), estão entre os maiores fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, as quais são responsáveis por mais da metade das mortes ocorridas no mundo.
Segundo ela, é importante prevenir a obesidade com mudanças de hábitos de vida desde muito cedo. “Alimentação saudável deve ser proposta precocemente visando não só a prevenção da obesidade como de diversas doenças metabólicas. Motivar o consumo de alimentos in natura e evitar alimentos muito processados deve ser o primeiro caminho, além da prática de exercícios físicos”, enfatiza Jyana. Ela acrescenta que as doenças emocionais, como a ansiedade, podem favorecer tanto o consumo em excesso de diversos alimentos, negligenciando a “saciedade”, como o aparecimento de transtornos alimentares (entre anorexia e bulimia).
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Exercícios físicos
A nutricionista lembra também que exercícios físicos ajudam no gasto de energia facilitando a perda de peso. “Além de que, em longo prazo, essa prática pode aumentar o percentual de massa magra que está relacionada com maior gasto energético. Isso sem contar todos os demais benefícios dos exercícios, como na função intestinal, controle de glicemia e estado emocional”, afirma.
“Hábitos de vida saudáveis devem ser motivados desde a introdução alimentar no bebê. A família deve ter hábitos saudáveis para servir de exemplo, ofertar os alimentos naturais”, conclui. Ela acrescenta ainda que é preciso evitar dietas da moda ou com muitas restrições. “Ter paciência e acreditar no processo. Esse é o caminho”, recomenda Jyana.
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