
Há algum tempo temos nos deparado, nos corredores de supermercados, com uma enorme variedade de “iogurtes”, todos com rótulos preenchidos das mais diversas informações. Porém existem diferenças entre eles. Basicamente, iogurte e bebida Láctea se diferem na consistência e no valor nutritivo. A bebida Láctea é mais líquida e tem menor valor nutritivo quando comparada ao iogurte, esta textura mais leve se deve á incorporação de soro de leite, enquanto a base do iogurte é o leite. Com relação aos ingredientes a bebida Láctea possui mais amido de milho que o iogurte, isso é explicado pelo fato de a bebida ser mais diluída pelo uso de uma porcentagem maior de soro do leite do que o iogurte. A bebida Láctea é uma boa alternativa quando o fator nutricional não é relevante e sim o preço, visto que é bem mais barato. Entretanto as pessoas devem estar sempre atentas para os lançamentos de produtos alimentícios que tragam algum benefício à sua saúde, por exemplo, as bebidas probióticas têm uma concentração de microorganismos benéficos, eles ajudam a recompor a flora intestinal, porém muitas vezes as culturas lácteas presentes no iogurte e na bebida Láctea não possuem necessariamente a capacidade de colonizar o intestino e, por isso, não têm o efeito de recompor a flora intestinal.
A Organização Mundial de Saúde define probióticos como “organismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefício à saúde do hospedeiro” (FAO/WHO, 2001). Como função benéfica no organismo, os probióticos tem efeito sobre o equilíbrio bacteriano intestinal: controle do colesterol e de diarréias e redução do risco de câncer. Os probióticos podem ser componentes de alimentos industrializados presentes no mercado, como leites fermentados, iogurte, ou podem ser encontrados na forma de pó ou cápsulas. Contudo, conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o produto só pode anunciar estes benefícios se tiver sido comprovado seus efeitos nas quantidades de microorganismos indicados na embalagem.
Segue lista de probióticos, que devem estar descritos na embalagem, aceitos pela ANVISA:
• Lactobacillus acidophilus
• Lactobacillus casei shirota
• Lactobacillus casei variedade rhamnosus
• Lactobacillus casei variedade defensis
• Lactobacillus paracasei
• Lactococcus lactis
• Bifidobacterium bifidum
• Bifidobacterium animallis (incluindo a subespécie B. lactis)
• Bifidobacterium longum
• Enterococcus faecium
Vale ressaltar, ainda, que o consumo destes alimentos deve estar associado á uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.
Por: Jyana Gomes Morais – Nutricionista – CRN10 1069