
O que uma mãe é capaz de fazer por um filho? Marilda Sachetti Pacheco, 47 anos, deu a vida em dobro para sua filha Bárbara, 16 anos, por meio do transplante renal. A cirurgia, realizada pela equipe da Fundação Pró-Rim no Hospital São José, em Joinville, completa pouco mais de um mês neste domingo. E será um Dia das Mães muito especial para as duas.
“Estou muito bem, nem sinto que fiz o transplante. Agradeço muito à minha mãe, que me deu a vida duas vezes”, afirma.
Bárbara nasceu com um problema genético chamado síndrome de unha-patela, que só foi identificado quando era adolescente. Não sabia dos riscos que os seus rins corriam com essa síndrome. Foi quando teve uma infecção de garganta e uma bactéria inutilizou os seus rins. Esta doença é conhecida com o nome científico de glomerulonefrite.
Após iniciar a hemodiálise, o pai de Bárbara, Clésio Pacheco, não suportava ver a luta da filha, com a saúde cada dia mais debilitada e foi orientado a procurar a Fundação Pró-Rim, em Joinville. Ligou marcando uma consulta com a esperança do transplante. Segundo ele, a filha é uma guerreira. “Com a idade que ela tem, passou por muitas lutas. Estamos muito felizes porque chegou este momento. Agradecemos a Deus por ter chegado rápido”.
A mãe e a irmã de Bárbara fizeram os exames, que deram compatíveis. Mas a mãe decidiu ser a doadora e teve apoio da equipe médica. “Meu coração sangrava ao ver minha filha doente. Ela quase morreu por duas vezes. É horrível ver a filha sofrer e a gente não poder fazer nada. Mas, pelo transplante eu posso ajudar, posso dar a vida a ela novamente”, conta.
Bárbara e sua família já voltaram para Tubarão (SC), cidade onde residem. Ela quer agora terminar o curso “terceirão” e prestar vestibular para medicina veterinária.