
Também conhecida por enteropatia sensível ao glúten, é uma doença autoimune, que decorre de uma resposta inadequada ao glúten, uma proteína responsável pela estrutura das massas alimentícias e que pode ser formado, principalmente, pelo trigo. Além disso, essa proteína pode estar presente em outros cereais, como centeio, cevada e aveia.
A doença celíaca acontece em pessoas geneticamente propensas, com maior prevalência em pessoas parentes de portadores da doença celíaca. O início pode ser em qualquer idade após introdução do glúten na alimentação, porém, 20% dos casos ocorrem em adultos com mais de 60 anos.
A doença afeta principalmente ao intestino delgado, causando atrofia das vilosidades da mucosa do intestino, ocasionando prejuízo na absorção dos nutrientes, vitaminas, sais minerais e água.
Os sintomas intestinais incluem diarréia crônica ou prisão de ventre, inchaço, flatulência e irritabilidade. Alguns pacientes podem apresentar pouco ganho de peso, atraso de crescimento e da puberdade, doenças ósseas e anemia por carência de ferro. Entretanto, 50% dos celíacos possuem pouco, ou nenhum sintoma óbvio da doença.
O diagnóstico da doença celíaca é feito por uma combinação de avaliações clínicas, laboratoriais, histológicas e biópsia.
A doença celíaca é normalmente considerada crônica, e o tratamento requer omissão de glúten da dieta durante a vida toda. A alimentação sem glúten parece ser extremamente difícil, porém com o aumento do aparecimento de casos da doença, ficou mais fácil para os celíacos se alimentarem. A indústria alimentícia criou novos produtos, sem glúten, que podem ser consumidos pelos celíacos sem prejuízo à saúde. A adaptação pode levar alguns meses, mas sem dúvida os benefícios são inúmeros aos pacientes após aderirem ao tratamento dietético. A ajuda de um profissional Nutricionista é fundamental para orientar sobre a alimentação sem glúten.
Confira a seguir a alimentação recomendada para doença celíaca:
Nos alimentos industrializados, deve-se procurar no rótulo a informação e a composição dos ingredientes, se tem ou não GLÚTEN, pois mesmo os alimentos sem farinha de trigo podem ter algum espessante ou conservante com glúten.
ALIMENTOS PERMITIDOS:
– Café, chá, suco de fruta, leite e iogurte (de preferência natural)
– Carnes, aves, ovos, queijos – Gorduras em pequena quantidade
– Batata, arroz, polenta, feijão, soja, farinha de milho, farinha de mandioca, aipim, fubá
– Pipoca – Amido de milho (maisena)
– Gelatina – Frutas e verduras sem adição de farinha de trigo
– Doces em geral, açúcar, mel, melado
– Biscoitos de polvilho, araruta
– Pão de queijo de polvilho
ALIMENTOS PROIBIDOS:
– Pão ou biscoitos de farinha de trigo, farelo ou gérmen de trigo
– Aveia, centeio, cevada
– Macarrão, massa de lasanha ou pastel
– Carnes industrializadas (steak, almôndega, hambúrguer)
– Sopas engrossadas com farinha de trigo ou macarrão
– Sorvete cremoso
– Catchup, mostarda, molho de soja,
– Fermento químico
Fonte: Alimentos, nutrição & dietoterapia/ L Kathleen Mahan, Sylvia escott-Stump – São Paulo: Roca, 2005.
Por: Andrea Carolina Sczip – Nutricionista – CRN10 2295