
No final do ano de 2015, o paciente Adir Sauer foi nosso personagem falando sobre como seria passar o primeiro Natal longe da família e amigos, já que veio de Sinop (MT) à Joinville/SC em busca de um transplante (veja aqui). Na época, fazia hemodiálise e sonhava com o transplante.
Hoje, o matogrossense está transplantado e muito feliz. Pouco depois de publicarmos a matéria Adir foi chamado para o transplante renal. “Eu ainda estava na sessão de diálise quando a médica chegou me dando a notícia que havia um rim para mim, fiquei sem reação, ela teve que me perguntar duas vezes, eu não conseguia acreditar que minha hora havia chegado”, conta Adir.
Adir realizada a sessão de hemodiálise no último turno, que encerra por volta das 21 horas, foi o tempo dele terminar o tratamento, ir a casa buscar as roupas e se dirigir ao Hospital Municipal São José. Chegando lá realizou alguns exames e no início do dia 12 de fevereiro já estava em cirurgia. “Acordei com meu irmão do lado, fiquei surpreso”, comenta.
No caminho para o hospital Adir ligou para os irmãos que moram em Sinop/MT avisando sobre a cirurgia. Em menos de 12 horas um dos irmãos veio à Joinville/SC para cuidar de Adir, em seguida vieram mais três irmãs e a sobrinha.
Atualmente Adir faz o acompanhamento pós-transplante, fez muitas mizades e tem a companhia do enteado. “É um sonho realizado, fico muito feliz quando lembro tudo que já passei e como estou hoje. Meu presente de Natal chegou em fevereiro”, comenta Adir.
Relembre a história de Adir, publicada em dezembro de 2015:
Adir Sauer é um agricultor viúvo, de 52 anos, que veio de Sinop, no Mato Grosso (MT) para Joinville. Entrou na lista de espera em maio deste ano e está na expectativa de ser chamado a qualquer momento para o transplante.
Segundo ele, seria o melhor presente de Natal de toda a sua vida. Pela primeira vez vai passar as festas de fim de ano longe da família. Mas, garante que não está triste. “Depois vou ter muitas outras datas para passar ao lado deles”. Este ano, Adir vai celebrar o Natal junto com outros seis conterrâneos, pacientes da Fundação Pró-Rim, que assim como ele, também esperam pelo transplante.
Um fato deixa Adir esperançoso: na véspera do Natal de 2011 aconteceu um transplante em tempo recorde beneficiando um paciente de São Paulo (SP) que estava a sete anos na lista de espera naquele estado. Insatisfeito com a demora ele se habilitou a fazer o transplante em Joinville, na Fundação Pró-Rim. Apenas 14 horas depois da sua entrada na lista catarinense, o paciente paulista já estava transplantado.
Claro que nem sempre é assim. Em alguns casos o transplante depende da compatibilidade e disponibilidade do órgão. Mas, normalmente a fila anda mais rápido que no restante do país.
Todos os procedimentos para o transplante são custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes que buscam o transplante podem incluir o seu nome em apenas uma lista, em todo o País.