
Romântico e apaixonado por música e livros, Eloy Kleinschmidt, é um paciente que encontrou na doença renal uma oportunidade para avaliar a sua existência: “Se Deus nos deu a vida, devemos lutar por ela”, diz ele.
A pele branca, olhos azuis e alta estatura, revelando sua ascendência alemã, este homem de 70 anos é um incentivo para os pacientes em hemodiálise. Ele diz que os novatos no tratamento costumam ficar deprimidos, mas ele diz: “lembre-se que não é o fim da linha e que todos podemos sair bem sucedidos”.
Início da doença
Sua doença foi desencadeada por uma infecção na garganta, que provocou uma glomerulonefrite, quando ele tinha apenas 29 anos. Desde então, Eloy teve que mudar seus hábitos alimentares, começou a comer comida sem sal e parou de beber álcool. Quando tinha 38 anos, foi feito um cateterismo e diagnosticado umproblema cardíaco que teve que ser tratado com medicação.
Em 2002, teve um edema pulmonar e em 2003, um pequeno enfarte. Veio então a Joinville e, ao chegar na UTI no hospital encontrou a Dra Isadora – “ela que me salvou” – diz, e conheceu o Dr Paulo Cicogna, que avisou que ele estava com problemas nos rins. Cicogna disse: “Sr Eloy, a partir de hoje você é da nossa família“.
Anos mais tarde, após um tempo de tratamento conservador, o mesmo médico avisou que Eloy teria que começar a fazer hemodiálise. “Nós choramos juntos”, lembra Eloy. A notícia foi muito dolorosa e difícil de assimilar, mas ele acreditou desde o começo que “quando uma questão não tem solução, solucionada está. Então, não adianta se revoltar”.
A hemodiálise não é o fim da vida
Em 2006, Eloy começou a hemodiálise e naquela época, morava em Barra Velha. Para facilitar o deslocamento e ficar mais próximo de uma unidade de diálise, ele se mudou para Balneário Camboriú em 2008.
Sua condição cardíaca impediu-o de optar por um transplante de rim. Desde então, ele faz quatro sessões de hemodiálise por semana na unidade da Pró-Rimda em Balneario Camboriú. Eloy costuma chegar à Pró-Rim com uma caixa de doces, que são distribuídos para os enfermeiros e colegas de diálise. Eloy diz que a Pró-Rim é uma extensão da sua família: “hoje é a coisa mais importante na minha vida, juntamente com enfermeiros, médicos e todos os funcionários que trabalham aqui”.
A importância do lazer
Eloy tem 500 volumes em sua biblioteca de livros e os mantém como uma coleção. Ele ama a música e diz que em sua juventude adorava dançar. Seus gostos musicais são variados. Dos anos 70, gosta especialmente dos Bee Gees. Também aprecia bolero, música italiana, alemã, francesa e cubana. Além da música, Eloy é um cinéfilo declarado e gosta de filmes de aventura, policial e comédia.
Quanto à sua vida profissional, ele ostenta orgulhosamente que “foi bancário por 30 anos no Banco do Brasil, momento em que a atividade bancária era economicamente muito rentável”.
Atualmente, Eloy não trabalha, devido à rotina do tratamento de hemodiálise. “Sou muito bem recebido e bem tratado na Pró-Rim, que é uma instituição muito humana em tudo que faz”, conclui.
Assista abaixo ao vídeo com o depoimento emocionante do Sr. Eloy:
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