Em um exame de rotina, Octávio descobriu que poderia morrer.
Octávio Augusto Torres tem 22 anos e mora em Joinville (SC). Ele conta que estava se sentindo bem, vivendo normalmente e de repente foi parar no hospital quando descobriu que precisaria fazer diálise. “Daí em diante começou minha luta. E outra lição que aprendi é sempre manter os exames em dia, pois foi num exame de rotina que descobri que estava morrendo, com o organismo todo desregulado e o rim parado”, comenta o paciente.
Dificuldades
Durante os 13 dias em que Octávio ficou na UTI, sete deles passou em coma induzido. “Tenho poucas lembranças daquele período triste, com muitas alucinações. Durante o uso de medicação forte sofri com vômitos constantes e também me debatia na cama, quando passava o efeito do sedativo”, relembra. “Logo que acordei retiraram meu tubo. Fiquei muito feliz em ver meus familiares. No início foi difícil, pois não podia comer nada e ingerir liquido apenas pela sonda. Acordava só esperando o horário da visita. Era o meu melhor momento”.
Família
Ele reforça que a presença constante da família foi fundamental naquele período. “Minha mãe, meu pai, meu irmão e a Karol (agora minha noiva), foram extremamente importantes para mim e não me deixavam desanimar. No início da recuperação eu não conseguia andar, então eles me ajudaram nos primeiros passos, cuidaram muito bem de mim, além de muitas orações, quando eu estava em coma”.
Transplante
O transplante de Octávio aconteceu em 19 de novembro de 2019 e ele conta como foi: “Quando recebi a ligação informando que o meu transplante seria realizado naquele dia foi uma esperança de vida nova, uma emoção que jamais vou esquecer”, descreve.
Normalidade
“Hoje, graças a Deus e aos médicos, eu sigo minha vida normal. Consigo trabalhar e faço quase tudo sem nenhuma restrição. Ando de bicicleta para me exercitar, pois fiquei com sequelas nos pés, porém, não vejo isso como um problema. Sigo tomando os remédios regularmente e me mantenho regrado na alimentação”.
Gratidão
Ele faz do agradecimento uma forma de retribuição. “Me faltam palavras para falar da Fundação Pró-Rim. Só tenho a agradecer às pessoas maravilhosas que me atenderam, especialmente ao Dr. Jean que retornou das férias dia 3 de janeiro especialmente para me operar, o que certamente salvou a minha vida e a Dra. Ana que cuidou de mim na UTI”, manifesta com emoção o transplantado.
Octávio garante que tudo foi perfeito. “Pude contar com toda essa estrutura através do SUS, sem ter de pagar nada adicional. Além de tudo, não precisei sair da minha cidade, em Joinville (SC). Em nenhum momento me faltou qualquer recurso, suporte, medicamentos ou exames. Tudo que precisei foi disponibilizado pela Pró-Rim”, reconhece.
Conhecimento
Agora ele garante que vai continuar na busca do conhecimento para realização dos seus sonhos. ”Sempre gostei muito de estudar. Sou técnico de mecânico e estou terminando meu último ano de engenharia de produção. Acredito que o estudo, além de trazer muito conhecimento, ajuda no relacionamento e nos faz crescer mentalmente”.
Projetos
Na vida do Octávio os projetos têm lugar de destaque. “Quero viver todos os momentos intensamente. As minhas prioridades são muitas: comprar a casa própria e formar minha família, pois noivamos há dez meses e queremos nos casar no início de 2022. A Karol é a mulher da minha vida. Sempre esteve ao meu lado, principalmente nos momentos mais difíceis”, diz emocionado. Por fim, o transplantado garante que “a cada dia vou manifestar gratidão por estar vivo. Isso é maravilhoso”, finaliza o futuro engenheiro de produção.