O almoço do Dia dos Pais na casa da família Gadotti vai ter um sabor especial este ano. Além da confraternização com presentes, a data vai ser celebrada com muita emoção e agradecimento em dobro. Depois da angústia pela espera, Cintia e o pai Neolcides, realizaram o transplante renal, no ano passado, com espaço de tempo de apenas 17 dias sob responsabilidade da equipe da Fundação Pró-Rim, no Hospital Municipal São José de Joinville. Primeiro foi Cintia, depois o pai.
Primeiro aniversário
Neste domingo (11/08), eles vão reunir toda a família e comemorar o Dia dos Pais com um churrasco, evento que não aconteceu no ano passado porque eles estavam em recuperação. Também vão brindar ao primeiro aniversário do transplante. “Fiquei feliz quando eu fiz o transplante, mas preocupada com o meu pai, que também perdeu a função renal. Não gostaria de vê-lo na máquina de hemodiálise, por causa da idade”, lembra Cintia. “Por uma coincidência muito grande e alegria maior ainda, em poucos dias, o meu pai também foi agraciado com o transplante”, explica a filha.
O pai conta o que sentiu naqueles dias: “A minha preocupação maior não era comigo e sim por ela, que estava traumatizada com a hemodiálise e nem conseguia dormir direito. O transplante mudou a nossa vida”, afirma Neolcides. Ele garante que já está desfrutando da vida com muito mais qualidade. “Agora posso viajar para onde quiser, mas prefiro a praia e o campo, que me dão mais liberdade”, descreve o aposentado de 67 anos.
Gratidão
Ambos ganharam vida nova graças à generosidade de duas famílias que, apesar da dor da perda, doaram os órgãos de entes-queridos. Neolcides também lembra o carinho e a dedicação da equipe da Pró-Rim: “Eles vão ficar para sempre no coração de toda a minha família. Não há palavras para descrever o zelo com que nos trataram”.
O que pai e filha têm em comum além da insuficiência renal? Cintia garante que é a vontade de viver. “Sempre que o vejo recomendo a ter cuidado especial com a alimentação e ele também me orienta neste sentido e me cobra o uso correto dos medicamentos. Quer dizer, um cuida do outro, o tempo inteiro“. Ela agradece ao pai pelo apoio recebido durante o período em que fazia o tratamento à espera do transplante.
Ela garante que o transplante mudou a sua vida. “Hoje, sou uma pessoa melhor e com muita vontade de viver e vejo no meu pai também a mesma motivação”, diz Cintia. “Ele é a pessoa mais generosa que eu conheço. Sempre me ajudava a enfrentar a doença com fé, calma e esperança que o transplante logo seria realizado. Neste Dia dos Pais quero dizer ao meu pai que ele é um lutador e que o amo incondicionalmente. Eu não seria ninguém sem a presença dele”, declara a filha emocionada.