
O Brasil ocupa o segundo lugar do mundo em número de transplantes, segundo a ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos). E este é o assunto da vez na Semana Nacional de Doação de Órgãos, 23 a 27 de setembro.
De acordo com dados divulgados, no país, 30 mil pessoas aguardam na lista de espera e, de cada 10 pessoas abordadas, quatro se negam a doar os órgãos de seus familiares. Este é um dado preocupante para quem espera uma chance de vida. A maior lista de espera é por um rim – 20 mil pessoas. Em seguida estão os que precisam de transplante de córnea, fígado, coração e pulmão, respectivamente.
Santa Catarina é o 5º estado que mais fez transplantes por população (1º semestre 2013) e é o segundo com a menor lista de espera por milhão de habitantes em relação às demais regiões. Distrito Federal ( 147), Santa Catarina ( 334), Rio Grande do Sul (1049), Paraná (1116) e SP ( 8873). As equipes recebem treinamento intensivo sobre diagnóstico de morte encefálica e abordagem familiar, o que facilita a decisão na hora da doação pelos familiares.
A Fundação Pró-Rim está entre as oito instituições que mais realizam transplantes de rim no Brasil. A entidade junto com o Hospital Municipal São José já realizou 1179 transplantes ao longo de seus 25 anos e é uma das poucas no ranking que não fazem parte de complexo universitário e acompanha a média nacional de transplantes.
“54% dos transplantes realizados aqui são de pacientes procedentes de outras unidades de diálise”, explica Dr. Hercilio Luz, presidente da Fundação.
Mato Grosso, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente, são os Estados que mais enviam pacientes para tratamento e transplantes para a Pró-Rim. Dos procedimentos realizados em 2012, a maioria, cerca de 80%, é de doadores falecidos “Por isso um trabalho de conscientização sobre a importância de é extremamente importante”, enfatiza o médico.
E completa. “Hoje, milhares de vidas dependem da consciência de familiares que perderam entes queridos, para continuar. É importante ressaltar que quem quiser ser doador não precisa deixar nenhum documento expresso. Basta conversar com os familiares, manifestando esse desejo. Cabe à família cumprir a vontade do doador. Para o receptor acontece também a oportunidade de uma nova vida”.