
O período de Natal é tempo de renovação, de esperança, de acreditar que tudo pode ser melhor. Para pacientes renais crônicos, que dependem da máquina de hemodiálise para viver, o transplante renal é sinônimo de esperança. Natal e transplante formam uma combinação perfeita.
Para dois pacientes da Fundação Pró-Rim, de Joinville (SC), referência nacional no tratamento de pacientes renais, este Natal é de muita gratidão e lembrança pelo presente especial que ganharam nos dias 24 de dezembro de alguns anos atrás.
Marcelo Nejm Freitas, um confeiteiro de Curitiba/PR, descobriu a doença renal crônica há dois anos e precisou se submeter ao tratamento de hemodiálise, logo entrou na lista de espera do transplante. Em 2013, recebeu, na véspera de Natal, a notícia que mais aguardava: a chance de realizar um transplante. “No momento em que recebi a notícia, foi algo indescritível que agigantou minha fé”, explica Marcelo. Para ele, este episódio se resume em esperança, fé, renovação e vida. “Eu sabia que tudo aquilo que estava acontecendo comigo era uma mensagem divina, como a dizer que, assim como Jesus, eu também estava renascendo naquele dia abençoado”.
Magda de Oliveira Faria, psicóloga aposentada de Goiânia, que também estava na lista de transplante pela Fundação Pró-Rim e realizava o tratamento de hemodiálise há dois anos e meio, também recebeu a notícia que tanto esperava na noite de natal e até fretou um avião de pequeno porte para chegar a Joinville para realizar o procedimento hospitalar.
“Quando aparece a oportunidade de um transplante, o paciente precisa ser submetido à intervenção em até 24 horas. Estes nossos dois pacientes enfrentaram horas de viagem não perder a oportunidade de uma vida com mais qualidade e melhor sobrevida a partir de então”, explica Denise Guterres, enfermeira do setor de transplante da Fundação Pró-Rim.
Hoje, no Brasil, mais de 33 mil pessoas pedem como presente de Natal o sonhado transplante. Em Santa Catarina, segundo dados da SC transplantes, mais de 300 pessoas estão em lista aguardando pela mesma ligação positiva que Marcelo e Magda receberam no Natal. Para todos esses, não importa o dia nem a hora. Só querem ter a chance de uma vida renovada pelo transplante. E, o maior presente que todos podem dar a eles é a maior consciência para a doação de órgãos. Para ser um doador de órgãos, basta avisar a família sobre esse desejo. Ao responder “sim”, será sempre Natal para quem espera por um transplante.