Marcelo costa comemora 3º aniversário do transplante como um gol decisivo
O ex-jogador de futebol Marcelo Costa, vestiu a camisa de grandes clubes brasileiros, dentre eles Grêmio (RS) e Joinville SC e conquistou muitos títulos. No dia 04 de junho deste ano ele comemorou o terceiro aniversário do seu transplante renal, como se fosse um gol decisivo na final de um campeonato nacional.
A doença
Marcelo descobriu a doença em 2016 e teve que parar de jogar futebol. Tudo aconteceu de
uma hora para a outra. Se viu obrigado a trocar a vida saudável de atleta em alto nível, por prolongadas sessões de diálise. Ele conversou com a Assessoria de Imprensa da Fundação Pró-Rim e falou sobre a doença, a passagem pela máquina de diálise peritoneal, o transplante, a dedicação da família, da equipe multidisciplinar da Pró-Rim e a lenta, porém constante melhora da saúde. Marcelo enfatiza a importância da esperança, do recomeço, da gratidão e da fé.
“Foi o pior momento da minha vida. Mas, mostrou-me que havia esperança para um recomeço. Enfrentei a insegurança física e emocional. Perdi o chão”, revela. Mas, segundo ele, “agora tudo mudou. É uma nova vida, cheia de ânimo e disposição para eu viver tudo intensamente, no meu tempo, dentro das minhas condições de saúde, que melhoram a cada dia”, avalia o ex-jogador de futebol.
Qual agora a sensação de não depender de uma máquina para viver?
“A definição é liberdade”, diz Marcelo e complementa: “É muito bom não depender da máquina. Estou consciente que muito da minha recuperação vai depender sim dos cuidados que devo observar diariamente”.
Como está hoje o emocional? E o que melhorou na condição física?
Marcelo fala com convicção: “Meu emocional está sempre para cima. Quando penso em desanimar por algo, lembro o quanto sou privilegiado por ter recebido uma nova chance com o transplante. Fisicamente sinto-me ótimo para fazer todo e qualquer tipo de atividade que antes havia limitação. Claro que tudo dentro das minhas condições”.
Defina o que significa poder beber água à vontade?
“É indescritível poder beber água sem ficar inchado ou com mal-estar. Lembro dos dias quentes em que eu colocava gelo na boca para amenizar a sede”.
E como vai o seu trabalho na escolinha de futebol?
“Com o transplante consigo me dedicar muito mais ao trabalho e intensificar a minha rotina, que antes era bem limitada. Sinto-me realizado em orientar as crianças na escolinha de futebol. A doença renal me ensinou muito sobre a vida. A principal lição é que devemos cuidar mais do nosso corpo, ter disciplina e valorizar o que de fato deve ser valorizado”.
Como você lida com o tempo agora?
“Eu quero viver o tempo todo intensamente. Estou sempre disposto para tudo. Então, às vezes é difícil parar”, explica.
A quem você gostaria de agradecer?
“Primeiro a Deus, pois Ele sempre foi a minha força. Tenho certeza que Ele cuidou de mim e da família nesse período mais difícil que foi desde o diagnóstico de insuficiência renal até o transplante. Em segundo lugar, à minha esposa que esteve comigo em todos os momentos, passou noites em claro, me acompanhou em todas consultas, dirigia de Caxias (RS) à Joinville (SC) para estar comigo. Sou muito grato também à família do doador pelo gesto de generosidade e amor. O sim de uma família enlutada é traduzido pela nobreza e sentimento de compaixão que salvou não só a minha vida, mas a de todos os outros receptores”.
Qual a importância da Fundação Pró-Rim na sua vida?
“Quero agradecer de todo o coração à equipe da Pró-Rim, que desde a primeira consulta até os acompanhamentos que faço atualmente, sempre me atendeu muito bem. Meu agradecimento se estende a cada enfermeiro, técnico e médico com quem eu estive” diz Marcelo Costa ao demonstrar gratidão.
“Também quero agradecer de modo especial ao atendimento da Dra. Viviane Cálice, que me acompanhou desde o início. Ela é mais do que uma médica, é um ser de luz. Ela concilia experiência, profissionalismo e ética com amor e carinho por todos seus pacientes. Serei eternamente grato a ela. Agradeço também ao Dr. Marcos Vieira que me acompanha desde o período pós transplante até as consultas semestrais que vou agora”.
Qual a percepção que você tem hoje sobre a felicidade?
“A felicidade pra mim significa ter renascido, ser saudável e viver bem. Maior dádiva que essa não existe” afirma.
E, para encerrar, qual o planejamento que você faz da sua vida para os próximos anos?
“Viver intensamente com todos os cuidados possíveis. Eu sempre tive uma vida muito regrada por conta da atividade profissional que exercia, mas hoje prezo ainda mais pela minha saúde e bem-estar. Quero ter uma vida longa e saudável” finaliza Marcelo Costa.
Leo Saballa — Comunicação Pró-Rim