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Durante quase três anos a designer e agora mestre em engenharia de produção Samantha Desimon fez um estudo sobre o conforto das cadeiras de hemodiálise, uma das principais queixas dos pacientes da hemodiálise. “Qualquer cadeira ou posição quando permanecemos por muito tempo se torna desconfortável, porém meu objetivo foi fazer um estudo pra propor um pouco mais de conforto, de acordo com novas tecnologias que o mercado oferece”, explicou Samantha.
Para ter dados e sensações reais, antes de se comunicar com os pacientes para entrevistá-los, a estudante permaneceu por quatro horas simulando a hemodiálise, conectada ficticiamente à máquina. “Nessa primeira etapa não conversei com os pacientes para não ser influenciada, porém durante as entrevistas percebi que eles são muito gratos pelo tratamento recebido e isso dificulta que façam críticas. Tive que trabalhar bastante para explicá-los que não seria uma crítica e sim parte de um estudo de melhoria”, comentou Samantha durante a apresentação.
Para o presidente da Pró-Rim Dr. Marcos Alexandre Vieira o estudo teve bastante relevância para a hemodiálise, “esse tipo de estudo estimula a produção de produtos hospitalares com um valor mais em conta”, comenta. “Ficamos muito felizes em receber essa defesa aqui na Pró-Rim isso mostra que estamos criando uma interação maior com a sociedade e que ela tem percebido a importância de um tratamento de qualidade aos pacientes renais”.
A estudante além de apresentar projeto de melhorias para as cadeiras, ainda mostrou dados sobre a relevância do trabalho na área clínica, onde quase não se produzem materiais.
“Samantha desenvolveu um estudo inédito que considera as necessidades dos pacientes e equipe de enfermagem no dimensionamento do conceito de uma cadeira de hemodiálise mais ergonômica e adequada ao ambiente hospitalar”, comentou a coordenadora da Qualidade Eviline Neermann.