Profissionais da Pró-Rim orientam sobre consumo.
Páscoa, crianças e chocolate são inseparáveis. Mas, é possível manter esta tradição, mesmo quando uma criança da família faz tratamento por hemodiálise? O médico nefrologista pediátrico da Fundação Pró-Rim, Dr. Artur Ricardo Wendhausen, garante que sim, desde que a criança não consuma mais de 100 gramas de chocolate por dia, o que equivale a oito gramas de proteína. Segundo ele, “a ingestão de muita proteína pelo paciente em diálise aumenta o fósforo e a uréia. O resultado disso é que às vezes ele pode necessitar de readequação da dose de diálise”.
O médico recomenda que crianças com doença renal crônica devam consumir, preferencialmente, o chocolate meio amargo, que tem na sua formulação a metade da proteína que o produto tradicional. “Mesmo assim, os pais têm que controlar a quantidade de chocolate”, adverte.
Mas, entende que a criança não deva ser privada desta comemoração importante no universo infantil. “Afinal, é um consumo transitório, restrito ao domingo de Páscoa e o impacto no tratamento é reduzido”, observa o nefrologista pediátrico.
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), hemodiálise é um procedimento através do qual uma máquina limpa e filtra o sangue, ou seja, faz parte do trabalho que o rim doente não pode executar. O procedimento libera o corpo dos resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos. Também controla a pressão arterial e ajuda o corpo a manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, uréia e creatinina.