
Aos 53 anos de idade, João Batista do Amaral esbanjou disposição no carnaval de Paranaguá (PR) ao compor um samba enredo para a escola Mocidade Unida do Jardim Santa Rosa com o tema “O ouro negro tem que ser nosso”.
A música, que trata da extração do petróleo e de sua importância para a civilização, foi composta durante uma viagem até Joinville para uma de suas consultas de rotina pós-transplante, na Fundação Pró-Rim.
Segundo ele, foi emocionante ver o intérprete da escola dar vida à sua composição e principalmente ver a receptividade do público. “O prazer de compor é gratificante, colocar alguma coisa no papel e fazer a multidão cantar meemociona ainda mais”, revela.
João Batista do Amaral realizou seu transplante renal há 18 anos com a equipe da Fundação Pró-Rim, em Joinville. Leia abaixo a letra do samba-enredo:
O Ouro negro tem que ser nosso
Surgiu das entranhas da terra
Provocou muitas guerras
Mas também já promoveu a paz
Ajudou o homem a realizar
O velho sonho de voar
Pelas estradas faz rodar os caminhões
Os navios a deslizarem sobre o mar
Faz geradores
Produzirem a luz
No caminho que conduz
Desde os tempos dos lampiões
O homem é dependente do petróleo
No meu Brasil quem manuseia o ouro negro
É uma empresa de respeito
Que é a menina dos olhos
E na cozinha as donas de casa
Esqueceram do fogão de brasa
E hoje fazem de tudo no fogão a gás
É o progresso que empurra nossa gente
Sempre pra frente
Nunca pra trás
Abre o olho meu povo
Pra gente não se dar mal
Já levaram tanta coisa
Vamos defender nosso pré-sal
Com o mau uso do petróleo
No sonho, pode se acabar
Destruindo a camada de ozônio
A humanidade vai penar
Mas enquanto há vida há esperança
Vamos pensar nas crianças
Pedir a Deus que as livre do mal
Que o homem tenha a consciência
Que só abuse do carnaval
Bate na partida o motor funcionou
A mocidade unida chegou
E lá vou eu no carro todo prosa
Tirando onda no Jardim Santa Rosa
Surgiu…