Em depoimento emocionado, Nathalia Bertolino Ulbrich, fala de insegurança e falta de esperança, mas, decidiu reescrever a sua história com a supervisão da Fundação Pró-Rim
Ela costumava dizer que sua vida se encaminhava para um desfecho muito triste. Aos sete anos de idade foi diagnosticada com uma doença renal grave. Perdeu os rins aos 23 anos e passou a depender de uma máquina para viver. Chegou a pesar apenas 37 quilos.
Mesmo contra toda esperança, a sua vida transformou-se como um roteiro reescrito. Tudo para levá-la ao encontro da felicidade. Ela reconhece que tomou a decisão certa ao vir para Joinville (SC), e, na Fundação Pró-Rim, fazer o transplante renal, recuperar a sua saúde, realizar sonhos e ser feliz.
Além de tudo, ainda conheceu Vinícius, o amor da sua vida. Em pouco tempo estava casada. Mas, a cereja do bolo foi o nascimento do filho Daniel. “Ele chegou para mostrar que meu coração pode explodir de amor e alegria”.
Historia emocionante
A história é essa: “Nasci no Rio de Janeiro (RJ) e com apenas sete anos fui diagnosticada com síndrome nefrótica, que é um conjunto de sintomas e sinais, que caracterizam uma doença renal crônica e se identifica principalmente pela perda da capacidade dos rins em reter proteínas filtradas na urina, descreve Nathalia. “Aos 23 anos perdi as funções dos rins. Depois de um ano na hemodiálise, passei muito mal e cheguei a pesar apenas 37 quilos. Nunca me senti tão insegura”, recorda.
Sobrevida
“Mudei-me para Joinville (SC) com meus pais, em busca de vida nova e de um tratamento na Fundação Pró-Rim”. Ela conta que estava muito fragilizada, “mas a mudança encheu-me de esperança e junto da equipe multidisciplinar comecei a ver o tratamento como forma de sobrevida e não o fim dela”.
Mudanças
Ela recorda momentos inesquecíveis: “Em junho de 2015, estava em um supermercado da cidade quando conheci o Vinicius. Pouco tempo depois nos casamos. No entanto, cheguei a imaginar que nunca realizaria o sonho de ser mãe. Mas, em uma consulta a esperança reacendeu. O médico me disse que após o transplante, ocorrendo tudo bem, engravidar poderia ser uma realidade natural. Foi então que decidi mais do que nunca ir em busca do transplante e realizar o meu sonho de ser mãe”, diz emocionada.
O transplante
“Meu transplante aconteceu em 2017 e foi um sucesso. Aguardei dois anos, e após esse tempo, sem intercorrências, o médico me liberou para planejar a gravidez. Ainda assim, tive muito medo, pois apesar de estar bem, havia o risco de até perder meu transplante. Mas nunca me faltou fé. Eu sabia que tudo iria dar certo”.
Chegada do Daniel
“Daniel nasceu cheio de saúde. Ver e sentir aquele ser crescendo e tomando forma mês a mês, em meio à insegurança em que vivíamos, é algo tão grandioso que me faz sentir realizada e incondicionalmente feliz. Meu filho chegou para mostrar que eu posso superar meus limites, realizar sonhos. Ele chegou para mostrar que meu coração pode explodir de amor e alegria, mesmo com muito sono, nas madrugadas frias em que o aconchego nos meus braços para alimentá-lo. Em cada Dia das Mães só tenho a agradecer à minha família, à toda equipe da Fundação Pró-Rim e à graça divina que recebi”.
Técnica de Enfermagem
“Em junho de 2020 decidi resgatar um sonho antigo: ser técnica de enfermagem no Instituto Pro-Rim de Educação. Mais uma vez a Pró-Rim fazendo parte da minha vida. Me matriculei no meio de uma pandemia. A escola se reinventou e continuou a prestar seu serviço de qualidade. Me formei em técnica de enfermagem em outubro de 2022. Com toda bagagem desse conhecimento, prestei concurso público em janeiro de 2023 e fui aprovada”, explica Nathalia.
“Estou trabalhando numa Unidade Básica de Saúde pela prefeitura de Balneário Camboriú. Agora, quero retribuir aos pacientes que atendo, em tudo o que a Pró-Rim fez por mim e me ensinou a fazer por quem está precisando”, finaliza Nathalia, agora uma técnica de enfermagem, que garante viver plenamente feliz.
Leo Saballa — Comunicação Pró-Rim