Foram cinco anos acompanhando o pai em todas as sessões de diálise. E hoje, mesmo após o tão sonhado transplante renal, Marília continua ao lado do Sr. José Soler nas consultas de rotina. “Eu tive que amadurecer muito rápido, mas não me arrependo. Só em vê-lo se recuperando, já vale”, afirma.
Natural de São José do Rio Preto, José conta que, no início, tinha medo de fazer a cirurgia. “Mas hoje sinto um alívio tão grande por ter superado esse medo! Se todo paciente soubesse, não hesitaria”, enfatiza. Desde que se inscreveu na lista do transplante de rim, esperou apenas uma semana até ser chamado para a cirurgia.
Aos 54 anos, José Peres sonha agora com a formação da filha, que quer ser engenheira. Quando perguntado sobre o valor do apoio de Marília, ele se emociona e resume: “Tê-la ao meu lado durante todo este tempo é 100%”.
A psicóloga da Fundação Pró-Rim Rosa Gasparino ratifica a importância do cuidado familiar e acrescenta: “É essencial que a família também seja assistida, para que ela possa saber lidar com os medos e não superproteger o paciente. O apoio dos queridos faz com que a pessoa tenha vontade de viver e colabore com o tratamento”.