As informações foram divulgadas em um vídeo postado pelo jornalista em uma rede social. Após descobrir a disfunção nos rins durante um check-up de rotina, Cid iniciou o tratamento e optou pela diálise peritoneal. Conheça o que é este tipo de tratamento que substitui a função dos rins.
Nesta terça-feira (04/01) em seu Instagram, o jornalista Cid Moreira revelou que está fazendo o tratamento de diálise peritoneal. Diferente da hemodiálise, este tipo de tratamento é realizado em casa com o auxílio de uma máquina. Segundo o relato da esposa do jornalista, Fátima Sampaio, o problema nos rins foi descoberto há um ano após um check-up de rotina.
Ao longo do vídeo publicado na conta de Cid Moreira na rede social, a esposa comenta que inicialmente o jornalista realizou as sessões de hemodiálise no hospital, e ao descobrirem a possibilidade do tratamento em casa optaram pela diálise peritoneal por conta do conforto. Este método pode ser feito em casa e até mesmo, durante o período de sono do paciente.
Ela contou que ao descobrirem o problema renal sentiram-se apavorados pela falta de conhecimento da doença renal. “No início nós ficamos assustados, preocupados. Mas quando ele frequentou o hospital, vimos pessoas de todas as idades por algum motivo passando por isso, esperando por um rim. O Cid ainda tem um rim que funciona, está tudo bem. Tem pessoas que nem fazem mais xixi. Então, isso é só para vocês saberem que a vida continua”. O jornalista, famoso por sua voz e por apresentar o Jornal Nacional por 27 anos, está com 93 anos de idade.
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Entenda um pouco mais sobre a diálise peritoneal
A diálise peritoneal é umas das três Terapias Renais Substitutivas (TRS), ou seja, é um tratamento que exerce as funções dos rins para manter a vida do paciente. As duas outras terapias são a hemodiálise, onde o paciente precisa ir até uma clínica para realizar o tratamento que filtra o sangue com o auxílio de uma máquina, e o transplante renal, no qual o paciente recebe um “novo” órgão seja de um doador falecido ou vivo.
Assim como a hemodiálise, a diálise peritoneal tem a mesma finalidade de tirar o excesso de água e de substâncias tóxicas do organismo, as quais deveriam ser eliminadas por meio da urina, mas por ter a insuficiência renal não consegue fazer este processo naturalmente. A diferença entre os dois tratamentos, é que ao invés do paciente se dirigir até uma unidade de hemodiálise, ele pode realizar a terapia em casa e com a ajuda de seus familiares.
“A diálise peritoneal é uma excelente opção de terapia renal substitutiva para os pacientes que desenvolvem a insuficiência renal. Além de possibilitar a realização do tratamento em seu domicílio, a diálise peritoneal preserva a função renal residual (restante da função dos rins) por mais tempo, o que garante flexibilidade na prescrição do paciente em diálise peritoneal. Nessa terapia, o paciente tem a autonomia para adequar o seu tratamento a sua rotina e as suas necessidades, como trabalhar, estudar e viajar. Isso traz ao paciente e seus familiares, qualidade de vida e satisfação com a terapia”, comenta a médica nefrologista e Coordenadora do serviço de Diálise Peritoneal da Fundação Pró-Rim, Dra. Viviane Calice da Silva.
A Fundação Pró-Rim oferece o tratamento de diálise peritoneal aos pacientes renais crônicos em suas unidades de Balneário Camboriú e São Bento do Sul, em Santa Catarina, e em Palmas no Tocantins. Além de ser parceira da Clínica de Tratamento de Doenças Renais – CTDR, que também realiza o tratamento de diálise peritoneal para mais de 160 pacientes renais por mês, sendo o maior serviço do estado de Santa Catarina.
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