Não há como negar, afinal, solidariedade é a característica principal da nossa gente, que nos define como coletividade. Está no DNA, na percepção, na cultura, na alma, no coração. Essa vocação começou com a chegada dos primeiros imigrantes, foi repassada entre as gerações e, desde então, contamina a todos que nascem ou vêm morar aqui.
Muito mais que cidade das flores, dos príncipes e das bicicletas, Joinville é a cidade da solidariedade, uma marca que supera números de estatísticas financeiras ou produtivas. Um valor imensurável que nos torna respeitáveis e ao mesmo tempo confiantes no futuro, a partir da grandeza da nossa gente.
No começo, alguns abnegados se uniram e criaram grupos humanitários com o objetivo de socorrer a quem precisava de ajuda, durante algum momento da vida. Esse legado que mistura trabalho, amor e lágrimas, logo se ramificou em todas as áreas, suprindo necessidades vitais, emergenciais, geralmente fora do alcance dos braços governamentais.
Hoje, são centenas destes grupos que atuam em todos os bairros e aglutinam milhares de pessoas generosas, imbuídas do bem, que não almejam nada além da satisfação de servir a quem se encontra fragilizado. Gente que mesmo com o tempo escasso, encontra tempo para cuidar dos outros. Gente que mesmo com pouco dinheiro, consegue doar regularmente uma pequena quantia e, acima de tudo, gente que acrescenta muita vontade e dedicação naquilo que faz voluntariamente.
Essa gente faz parte do nosso cotidiano e surge a partir de vertentes religiosas, esportivas, educacionais, familiares, sociais, individuais, sempre atraídas pela essência do bem e propagadas pelo rastilho do amor e da preservação da vida. Gente que chega para dividir o peso e ajuda a carregar um pouco do fardo social.
Todos esses grupos, oficializados ou não, cumprem um rito generoso de quem se propõe a amenizar sofrimentos e a praticar o altruísmo, de forma discreta, porém, incondicional, sem qualquer vaidade ou interesse que não seja a bondade e o amor ao próximo.
Precisou de acolhimento? Não haverá desamparo. Em Joinville, pessoas, animais e até árvores e rios, em situação de risco, sempre encontrarão pelo menos uma porta aberta, um agasalho, um prato de comida, uma voz defensora, uma mão estendida, um gesto de carinho e um coração receptivo.
São atitudes que caracterizam a verdadeira identidade de um povo, que através do espírito da doação, ensina ao mundo inteiro, pelo exemplo generoso, que a vida só tem sentido se pudermos amparar outras vidas.
Por: Léo Saballa – Assessor de Imprensa