Geison e Socorro Oliveira estão juntos há 14 anos. Adriel (11) e Adriele (10) são fruto desse amor, que enfrentou muitas dificuldades. Há três anos, Geison começou a fazer hemodiálise, após uma grave nefropatia. Um período de luta intensa, com um desfecho inesperado.
A insuficiência renal crônica fez com que Geison perdesse o emprego. “Ele trabalhava muito, mal via as crianças. A doença o fez ficar mais tempo em casa, valorizando os momentos em família”, conta Socorro.
Não foi fácil para Geison aceitar a mudança de rotina. Muito perseverante, ele começou a pesquisar sobre o transplante renal, tratamento que dá ao paciente melhor qualidade de vida. No entanto, a morosidade do sistema de transplantes no Estado do Pará foi o primeiro empecilho, que parecia ser intransponível.
Após muito estudar sobre a doença e obter informações pela internet, Geison chegou à Fundação Pró-Rim. Um vídeo publicado no Orkut sobre a história do transplante de Maicon dos Anjos, acendeu uma chama de esperança para Geison. “Lembrei que Socorro havia feito um exame de compatibilidade para ser minha doadora, mas achava impossível o transplante em não parentes de sangue”, conta Geison. A história de Maicon, que recebeu o rim da enfermeira Sandra e por quem se apaixonou, provou que era possível.
Com a comprovação da compatibilidade, Geison entrou em contato com a Fundação Pró-Rim pelo Facebook e resolveu fazer seu transplante em Joinville (SC). Os mais de 3.000 Km de distância não foram maiores que a determinação do casal. A cirurgia foi realizada no Hospital Municipal São José no dia 11 de novembro de 2011, com sucesso. “Hoje posso dizer que é um sonho realizado e sei que ele só foi possível por causa da doação da minha esposa”, destaca Geison.
Foi o primeiro Natal longe dos filhos, que ficaram no Pará. “A saudade é grande, mas sabemos que é para um bem muito maior”, lembra Socorro. Uma nova fase, que requer cuidados e está sendo regada com o amor de sempre.
