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A Comunicação Organizacional colaborativa dos pacientes renais nas redes sociais on-line da Fundação Pró-Rim. Este foi o tema da dissertação de mestrado da coordenadora de Comunicação e Marketing da Pró-Rim, Andréia Jacopetti. A defesa ocorreu no último dia 29, na Universidade Tuiuti do Paraná, em Curitiba, e foi muito bem avaliada pela banca, sendo inclusive indicada para publicação.
De acordo com a professora doutora Claudia Quadros, coordenadora do Programa de Mestrado e Doutorado em Comunicação e Linguagens (PPGCOM), a dissertação teoriza o fenômeno das redes sociais digitais, com ênfase na comunicação e na saúde. “O trabalho é importante para médicos e pacientes e também para empresas do setor de saúde, que podem compreender como se dá as interações nas redes sociais digitais. No campo da pesquisa, avança na área de comunicação e saúde ao trazer importantes contribuições”, afirma.
O professor doutor em Comunicação e Saúde Arquimedes Pessoni, que integrou a banca avaliadora, comenta a relevância da pesquisa, que mapeia uma área ainda nova. “A dissertação mostra o poder das redes sociais na vida dos pacientes crônicos, bem como o bom uso que uma instituição como a Pró-Rim pode fazer nesse segmento virtual. Trata-se de uma mudança de paradigma na relação paciente-profissional de saúde e o trabalho lançou luzes sobre a questão”, explica.
Para o presidente da Fundação Pró-Rim, Hercilio Alexandre da Luz Filho, é um orgulho ter o nome da instituição associado a uma pesquisa dessa consistência. “Além de ser importante para a Pró-Rim, que busca ser reconhecida como uma instituição científica, o trabalho possibilitou o crescimento pessoal de uma profissional eficiente e altamente proativa”, afirma.
Compartilhamento de experiências nas redes sociais
{{imagem:redes}}Andréia Jacopetti conta que o desenvolvimento da pesquisa foi enriquecedor, pois permitiu adentrar em um contexto onde o enfoque principal é a vida. De caráter qualitativa, foram realizadas entrevistas com pacientes renais 2.0 e a metodologia utilizada foi a netnografia.
“Analisei a participação dos pacientes renais nas redes sociais on-line pelo meu forte interesse em aprofundar a pesquisa em comunicação no público e também entender de que forma ele se relaciona em rede”, afirma.
Sobre as descobertas durante a pesquisa, Andréia explica que está surgindo um novo cenário de relacionamento entre públicos e instituições de saúde por meio das redes sociais on-line. “Os pacientes renais crônicos têm se apropriado cada vez mais da rede como um espaço de compartilhamento de experiências, promoção de ajuda mútua e de busca por conhecimento e suporte em seus tratamentos, especialmente quando se trata da busca pelo transplante renal. Eles se sentem amparados com a presença digital da Pró-Rim, a qual identificam como humanizada e dinâmica”, conclui.
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