A paciente compartilha as experiências da descoberta da doença, o tratamento de hemodiálise e a vida nova após o transplante.
A professora Barbara Andrina Faria Alano, mora em Joinville (SC). Tem 37 anos e é casada desde os 18 anos. A vida dela foi marcada por dramas, imprevistos e muito sofrimento. Em dezembro de 2006, então com um mês de gestação, ela teve que interromper a gravidez ectópica, que é caracterizada pela implantação e desenvolvimento do embrião fora do útero, podendo acontecer nas trompas, ovário, colo do útero, cavidade abdominal ou cérvix.
A doença renal
No final de 2007, alguns exames de saúde apresentaram alterações e ela foi encaminhada para um nefrologista na Fundação Pró-Rim que descobriu uma leve anemia. Começava então uma história de luta e superação. Foram muitos exames, duas biópsias, idas à psicóloga e nutricionista, além de visitas mensais ao nefrologista, até descobrir que ela tinha glomerulonefrite crônica, que afetou diretamente os rins. Durante um ano e alguns meses, Bárbara fez o tratamento conservador.
Iniciando o tratamento
No início de 2010, o médico alertou que ela precisava se preparar com uma fistula pois poderia precisar de hemodiálise a qualquer momento. “Em novembro daquele ano, o que todo paciente renal crônico teme, aconteceu comigo: dei início à primeira sessão de hemodiálise. Nunca me esquecerei daquele dia difícil, porém, necessário”, reconhece a professora.
“Muitos se afastam do trabalho enquanto fazem hemodiálise. Eu decidi continuar e conciliei o trabalho com a diálise. Não deixei nada disso me abater. Nos finais de semana me mantinha perto da família. Preferi continuar sempre assim, com minha mente ativa”, diz Bárbara.
“Em cinco de maio de 2011, às cinco horas da manhã o doutor Franco Kruger da Pró-Rim me ligou e deu a grande notícia: o meu rim novo estava a caminho e meu transplante seria realizado em poucas horas. Foi o dia mais feliz da minha vida”, relembra ela.
“Hoje, em 2021, completei 10 anos de transplante, com a creatinina em 0,90 e todos os outros exames com resultados ótimos. Levo uma vida normal, como se não fosse transplantada, porém, nunca deixando de seguir todas as orientações passadas pelos profissionais envolvidos no transplante, que para mim representou vida nova e superação”.
Solidariedade
“Em todo este processo, desde a descoberta do meu problema até os dias de hoje, as pessoas mais importantes para mim são: em primeiro lugar Deus, depois meu marido Silvano, que foi e é meu Anjo, minha mãe, meus familiares e o corpo médico da Pró-Rim que sempre estiveram comigo me ajudando com orientações”.
“A Fundação Pró-Rim para mim foi e é muito importante, desde o primeiro momento que eu estive na clínica e me senti acolhida. Todos são maravilhosos e humanos. Eu só tenho a agradecer a todos”, enfatiza Bárbara ao lembrar de tudo que passou.
Recomendações
Ela ainda dá um conselho para os pacientes renais crônicos e transplantados: “jamais desista, lute até último momento! Siga as orientações médicas e da nutricionista. Isso é muito importante para manter uma vida saudável tanto para quem faz hemodiálise quanto para quem já realizou transplante“.
Leo Saballa — Comunicação Pró-Rim