Páscoa é ressurreição, renovação da vida. Quem passa por um transplante fica com o sentimento de recomeço a cada dia. Foi isso o que houve com Andréa Aparecida Braga Moura Dinalli. Ela Mora em Barbacena (MG). Concluiu o curso de Direito e atuou como escrivã na Polícia Civil, durante 12 anos.
Em 2003 perdeu as funções renais e se viu obrigada a fazer hemodiálise. Alguns anos depois foi transplantada pela equipe da Fundação Pró-Rim.
Sempre trabalhou, desde os 14 anos. Após o transplante, aposentou- se precocemente. Como a depressão é um dos efeitos colaterais dos imunossupressores (medicamentos para evitar a rejeição do órgão transplantado), Andréa sentiu necessidade de voltar a exercer alguma atividade prazerosa, que ocupasse o seu tempo ocioso.
Ao assistir programas de culinária na TV, ficou interessada no preparo dos cupcakes (bolinhos de origem inglesa). “Após um período de pesquisa e dedicação nesta área, os amigos e parentes me convenceram a prepará-los sob encomenda”.
Além da aprovação de todos, os quitutes passaram a fazer o maior sucesso e ela começou a ganhar um dinheirinho extra. Então, diversificou a produção e este ano começou também a fabricar ovos de páscoa recheados com brownie (tortinhas). Até fez uma página no Facebook chamada “Flor de baunilha” onde exibe suas criações deixa todos com água na boca.
Quando perguntam sobre a pretensão de expandir os negócios para escala comercial e obter um faturamento extra, Andréa fica comedida. “Gosto muito do que faço, sinto-me renovada. Mas, até agora, é um hobby. Afinal, só faço quando estou me sentindo bem, dentro dos meus limites e em pequenas quantidades”, explica. Mesmo assim, ela garante que não dá conta em atender tantas encomendas.