Há dez anos, três vezes por semana, Maria Helena Bittencourt, 50 anos, leva a filha Ana Paula, 28, às sessões de hemodiálise na Fundação Pró-Rim. “Sinto que ela fica mais confiante quando estou perto. Eu cresci muito com minha filha e tento ser sempre o suporte que ela precisa para seguir em frente”, conta.
Ana Paula nasceu com uma má formação congênita, que causou insuficiência renal crônica anos depois. Por conta de outras complicações, ela não pode fazer o transplante. “Sempre digo que minha filha tem que abraçar a máquina e ver que não é o fim. Todos os dias, quando acordo e a vejo com um sorriso no rosto, renovo as forças pelo privilégio de estar com ela mais um dia”, afirma Maria Helena.
A psicóloga da Pró-Rim Rosa Gasparino enfatiza que “Maria Helena é completamente responsável pela evolução no tratamento da Ana Paula”. A mãe completa: “o melhor papel da vida é ser mãe. A gente cresce com a dificuldade. Hoje, sou uma referência quando meus vizinhos e amigos estão com algum problema. Eles logo dizem: ‘conversa com a mãe da Paulinha’”, conta, sorrindo.
Com o apoio da mãe, Ana Paula fez diversos esportes para cadeirantes, como dança, teatro e ecoterapia. Na Pró-Rim, participa de diversos eventos e é tida como um exemplo para todos. “Sempre digo que tenho uma outra família aqui na Pró-Rim. As portas se abrem quando a gente busca e não se abate”, afirma Maria Helena.
Se pudesse dar um conselho para as mães que têm seus filhos em hemodiálise, ela diria: “esteja ao lado dele, com otimismo e incentivando. Não o deixe desistir nunca”, conclui Maria Helena.
Neste Dia das Mães, a Fundação Pró-Rim parabeniza todas as mães de pacientes renais que dedicam-se diariamente com tanto amor e carinho. Nosso muito obrigado também às mães colaboradoras, contribuintes, voluntárias e amigas da Família Pró-Rim.