Acreditar é uma palavra forte na vida do aposentado Altino Maçaneiro, 59 anos, de Brusque.
Transplantado há mais de nove anos, saudável e muito grato ele não se incomoda nem um pouco em ter que vir de sua cidade até a Fundação Pró-Rim em Joinville para mais uma consulta após o transplante renal.
“Eu nunca tive grandes problemas de saúde e foi difícil quando descobri a doença, e principalmente que teria um longo tratamento pela frente, mas aceitei isso com seriedade e acreditei na medicina e nos recursos oferecidos”.
Altino destacou os primeiros sintomas: cansaço, pernas inchadas e dor na região dos rins. Bastou uma consulta para ter o diagnóstico e a notícia de que teria que fazer hemodiálise. O tratamento foi iniciado dia 07 de junho, bem no dia de seu aniversário e seguido durante quase dois anos no Hospital Arquidiocesano Consul Carlos Renaux, em Brusque.
Enquanto isso, as mudanças na rotina provocavam certo desconforto em Altino. “Imagina não poder beber aquele copão de água, ou mesmo deixar de comer algo que goste muito, como carambolas no meu caso, pois o fruto contém muitas toxinas. É muito triste”, lamentou.
Mas, mesmo com tantos motivos para desanimar, o amor pela vida provocava bons momentos de descontração nas idas e vindas ao hospital – feitas três vezes na semana.
A alegria vinha de cantigas e músicas sertanejas cantaroladas pelo aposentado que arrancava sorrisos tímidos de quem estava ao lado, segundo ele.
Altino acredita que a alegria é uma expressão da fé e que é fundamental se sentir assim mesmo quando passamos por dificuldades, por isso sempre manteve o bom-humor e sua rotina de trabalho durante alguns períodos enquanto se tratava.
E a vida continua
A vida nova de Altino veio de uma de suas três filhas, a Tatiana. Antes disso, a família buscou referências na área de transplante renal e informações sobre todo o processo, chegando até a Pró-Rim.
Antino ouviu as melhores recomendações e não teve dúvida ao optar pela equipe. Ele lembra que foi um processo tranquilo e que procurou sempre seguir todas as recomendações da equipe multidisciplinar, que acompanha e cuida do setor de transplantes da Pró-Rim. “Conheci muitas pessoas e fiz boas amizades. Uns se foram, outros ainda encontro nas consultas pós-transplante e a vida continua, vida nova”.
O aposentado segue com suas atividades normais e trabalha na prefeitura da cidade. Ele também sempre procura ajudar a Fundação Pró-Rim, participando dos encontros, seminários e contribuindo com as campanhas de doação.
Ele está muito feliz, principalmente por poder comer carambolas embaixo da árvore.