O termo “vitamina D” é utilizado para representar um grupo de hormônios esteróides com diferentes graus de atividade, mas com ações biológicas semelhantes.
A forma ativa, 1,25-diidroxivitamina D (1,25(OH)2D), tem como principal função a manutenção das concentrações intra e extracelulares de cálcio em níveis fisiologicamente aceitáveis. Podemos subdividi-la em 4 grupos:
Colecalciferol (D)3 – Vitamina
Ergocalciferol (D2) – Vitamina
25(OH)D Pré- Hormônio
1,25(OH)2D Hormônio
A principal fonte de vitamina D para o ser humano é a síntese endógena, na pele, em consequência da exposição à luz solar (90-95% das necessidades diárias).
Existem alimentos fontes de vitamina D como salmão, sardinha, atum, gema de ovo, manteiga, óleo de fígado de bacalhau, porém, fontes alimentares in natura de vitamina D são considerados insuficientes para manter adequado o estado nutricional desta vitamina.
A necessidade em pessoas que se expõem regularmente ao sol, em condições apropriadas, é suprida mesmo na ausência de fontes dietéticas. Países localizados em latitudes mais altas, além das fontes naturais, possuem alguns alimentos fortificados, no Brasil ainda não existe legislação para a fortificação.
O prolongamento da exposição solar não aumenta a produção de pré-vitamina D3, já que o excesso de radiação promove a formação de isômeros biologicamente inertes de vitamina D, impedindo a intoxicação.
Pele escura e uso de protetores solares suprimem consideravelmente a ativação da vitamina. A 1,25(OH)2D é o único hormônio responsável por regular a eficiência da absorção intestinal de cálcio, de forma que na sua ausência somente 10 a 15% do cálcio ingerido é absorvido. Em concentrações séricas adequadas de vitamina D o intestino absorve cerca de 30 a 40% do cálcio dietético.
Acredita-se também, que, pessoas com hipovitaminose D possuem um risco aumentado de desenvolver doenças cardiovasculares. Os fatores de risco para hipovitaminose D são: menor exposição ao sol; obesidade; uso de medicamentos; idade avançada e diabetes. Para pacientes portadores de doença renal crônica, além destes fatores de risco ainda tem alterações na pigmentação da pele e perda proteica na urina ou possivelmente no fluido da diálise.
O tratamento da hipovitaminose D pode prevenir ou minimizar o desenvolvimento do hiperparatireoidismo nos estágios iniciais da doença renal crônica (DRC) ou atenuar o aumento do PTH nas fases mais avançadas da doença.
Portanto, é indicado que todos os indivíduos façam análise bioquímica da vitamina D e se necessário realizar suplementação, conforme indicação médica.
Por Jyana Gomes Morais Campos
Nutricionista da Fundação Pró-Rim
18/06/2013 – Atualizado em 31/01/2019